Um dia após o assassinato do cacique Willlames Machado Alencar, conhecido como “Onça Preta”, aproximadamente 150 indígenas de 12 etnias protestaram na manhã desta sexta-feira (14), por falta de segurança, moradia e contra a atuação de traficantes na área indígena.
Por duas horas, os manifestantes bloquearam os dois sentidos da avenida Curaçao, no bairro Nova Cidade, na Zona Norte de Manaus. Uma parte da via foi liberada no sentido Centro/bairro após um acordo com policiais militares da 15ª Companhia Interativa Comunitária (Cicom).
"O movimento é de forma pacífica e vai continuar. Estamos no aguardo da chegada de mais indígenas de outras etnias para aderirem o protesto. Só vamos parar depois que a polícia der respostas sobre o assassinato do cacique Williames. Eu também estou recebendo ameaças dos autores", disse o cacique Adnael Faria de Souza, de 46 anos, conhecido como "Cacique Faria", da etnia Apurinã.
Ao todo, eram 17 etnias e atualmente existem apenas 12 devido às ameaças de traficantes. Ainda permanecem no local sob resistência às etnias - Munducu, Saterê, Kokama, Tucano, Mura, Tiama, Apurinã, Maraguá, Baré, Baniuau, Uruí e Colina Minania. Outras cinco deixaram a área por ameaças.
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