Desde as primeiras horas da manhã desta quarta-feira (29), a movimentação de familiares de detentos é intensa no Instituto Médico Legal (IML), na Zona Norte de Manaus. Alguns deles afirmam estar sem informação há três dias.
Dos 40 detentos mortos na rebelião de segunda-feira (27), 39 ainda permanecem no IML, sendo que 33 já foram identificados preliminarmente após a conclusão de exame de necropsia.
De acordo com o instituto, o prazo para a entrega dos laudos é de 30 dias. A partir de hoje (29), o reconhecimento será feito com a comparação dos documentos cíveis, exames da arcada dentária, DNA e necropapiloscópico.
"Estamos sem resposta. As informações são repassadas somente para a imprensa. Se ninguém der uma posição, vamos tocar o terror aqui", disse um familiar de 24 anos, que preferiu não se identificar.
Quem também espera por notícias é a dona de casa Maria Moraes Calheiro, de 55 anos. O filho dela, Ivanilson Calheiro Amorim, de 28 anos, que estava preso por trafico de drogas, foi morto no Instituto Prisional Antônio Trindade (Ipat).
"Nós queremos uma resposta e agilidade do IML. Eles só dizem que estão aguardando documentos, mas nada é resolvido. Estamos passando fome e sede aqui. Só fazem mentir para as famílias", afirmou.
Até às 11h desta quarta (29) a movimentação seguia intensa no local.
Corpos da chacina de domingo (26)
Todos os 15 corpos da chacina há três dias no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) já foram liberados aos familiares.
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