A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) confirmou que a noite da última segunda-feira (27) e a madrugada de hoje, terça-feira, 28, foi uma das mais sangrentas deste ano, com registro de oito assassinatos nas ruas de Manaus.
Dos oito homicídios, a polícia informa que apenas um, ocorrido no bairro Amazonino Mendes, mais conhecido como Mutirão, na Zona Leste de Manaus, não teria sido resultado da guerra e da matança sangrenta entre membros de facções criminosas.
As mortes também seriam uma forma de vingança pelo chacina de 55 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), Unidade prisional do Puraquequara (UPP) e Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (CDPM1).
VEJA A LISTA COM NÚMERO DE MORTOS E BAIRROS ONDE ACONTECERAM OS CRIMES:
1 no Mutirão (Zona Norte)
2 no Novo Israel (Zona Norte)
2 no Santo Antonio (Zona Oeste)
1 no Jorge Teixeira (Zona Leste)
1 Alvorada (Zona Centro-Oeste)
1 no Conjunto Viver Melhor (Zona Norte)
Os corpos foram removidos dos locais do assassinato e o fato que chamou mais a atenção foi que na noite e madrugada sangrentas até a equipe do Instituto Médico Legal (IML), sentindo-se em perigo, precisou de escolta da Polícia Militar durante as remoções das vítimas.
O carro tumba do IML precisou ser escoltado por viaturas da PM durante percurso e em suas chegadas nas ruas onde os corpos crivados de balas se encontravam cercados por moradores curiosos e apavorados com o derramamento de sangue.
Na sede do IML, o trabalho de médicos legistas e seus auxiliares não para. Eles realizam exames de necrópsia nos corpos dos detentos assassinados nos presídios desde o último domingo quando a matança começou no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
A matança foi para as ruas e nem mesmo a polícia sabe dizer quando é que vai acabar ou pelo menos amenizar essa carnificina que está acontecendo no Sistema Penitenciário e nas ruas de Manaus.
Mín. ° Máx. °