Com fechamento do Tropical Hotel, organização é 'pega de surpresa' e muda seminário

O fechamento por tempo indeterminado do Tropical Hotel pegou de surpresa a organização do 3º Seminário Internacional de Segurança da Amazônia (Sisam), que teve de alterar o local de realização do evento. o 3º Sisam seria realizado nas dependências do Hotel da Zona Oeste de Manaus entre os dias 22 e 24 de maio, mas foi transferido para o Centro Educacional Século, também na Zona Oeste da capital.

Devido às dívidas de ao menos R$ 8 milhões com a Amazonas Energia, o fornecimento de energia elétrica do Tropical Hotel foi interrompido. Após funcionar por alguns dias com gerador elétrico, a direção do hotel decidiu suspender as atividades comerciais por tempo indeterminado, visando uma reestruturação. Segundo o Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro do Estado do Amazonas (SindHotel-AM), 80% dos profissionais da empresa devem ser dispensados.

Apesar das alterações nos locais de realização do 3º Sisam, o cronograma será mantido, segundo a Associação de Delegados de Polícia do Amazonas (Adepol/AM), uma das apoiadoras do evento organizado pelo Centro de Estudos da Segurança da Amazônia (Cesam).

“A Associação de Delegados de Polícia do Amazonas (Adepol/AM) informa que foi pega de surpresa com o corte de energia no Tropical Hotel Manaus [...]. Mas que em seguida a organização providenciou um espaço que atende todas as necessidades do evento, que agora será realizado no Teatro Século. O local oferece as condições de instalações e conforto”, disse a Adepol/AM em nota.

Organizado de forma bienal, o tema escolhido para esta edição é “Fronteira e Segurança no Espaço Amazônico”. São esperados ao menos 500 participantes no seminário. O governador do Amazonas, Wilson Lima, e o vice, Carlos Almeida Filho, estão entre os palestrantes do evento.

Questionada pela reportagem, a organização do evento não informou se houveram prejuízos financeiros com a mudança de local. O evento irá reunir profissionais de segurança pública do Brasil e exterior, além de representantes de órgãos públicos, para discutir novas formas de coibir a violência no país.