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'Quando acaba a saliva, entra a pólvora', diz Bolsonaro em formatura de diplomatas

Presidente diz estar mais preocupado com futuro político da Argentina do que com Venezuela

03/05/2019 às 16h04
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Pouco depois de afirmar que as Forças Armadas entram em cena quando a diplomacia falha, em discurso durante cerimônia de formatura da nova turma de diplomatas do Instituto Rio Branco, o presidente Jair Bolsonaro declarou nesta sexta-feira a jornalistas que os diplomatas são responsáveis por evitar a guerra. Questionado se falava da atual crise política na Venezuela , o mandatário negou e disse  estar mais procupado hoje com o futuro político da Argentina . 

— Eles (diplomatas) que nos evitam entrar em guerra. Muito simples. Quando acaba a saliva, entra a pólvora. Não queremos isso. Temos que tentar a solução dos conflitos de forma pacífica, é isso — explicou Bolsonaro. — Se não tiver como, em um hipotético conflito, resolver na diplomacia, aí cada país decide se vai pelas últimas consequências ou não.

Ao ser indagado se este é o caso hoje na Venezuela, ele repetiu cinco vezes seguidas a palavra "não". E comentou que sua "maior preocupação é com a Argentina hoje em dia".

Durante o seu pronunciamento para a turma de formandos, Bolsonaro cumprimentou o chanceler Ernesto Araújo e disse que, juntos, vão mudar o destino do Brasil.

— Quando os senhores falham, entramos nós, das Forças Armadas. E, confesso, que torcemos, e muito, para não entrarmos em campo  — declarou o presidente, que é capitão reformado do Exército.

Para o mandatário, o Brasil terá que ir "no limite do Itamaraty" com relação à Venezuela, onde o presidente autoproclamado Juan Guaidó promoveu uma tentativa frustrada na última terça-feira de derrubar o presidente Nicolás Maduro.

— A gente espera que essa fissura que está na base do Exército vá pra cima. Não tem outra maneira. Se você não enfraquecer o Exército da Venezuela, o Maduro não cai - comentou Bolsonaro ao ser questionado sobre a expectativa com relação ao país e à reunião do Grupo de Lima que será realizada nesta sexta.

O presidente brasileiro disse, ainda, que não pretende enviar ninguém para a Venezuela para conversar com Maduro, porque o que o Brasil quer "ele não vai ceder".

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