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Líder opositor Leopoldo López se refugia na embaixada do Chile em Caracas e poderá pedir asilo

Dirigente do partido de Guaidó foi libertado da prisão domiciliar supostamente com ajuda de agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência

30/04/2019 às 18h46
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Divulgação
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Leopoldo López, líder do partido de Juan Guaidó, o Vontade Popular, que se encontrava em prisão domiciliar e foi libertado nesta terça-feira em circunstâncias ainda nebulosas, está na embaixada do Chile em Caracas, junto com a mulher, Lilian Tintori, e os filhos. Há informações de fontes opositoras de que ele poderá pedir asilo, mas por enquanto foi classificado como "hóspede" pelo chanceler chileno, Roberto Ampuero.

Mais cedo, depois de aparecer com Guaidó conclamando a população e os militares a depor Nicolás Maduro, López afirmou que a oposição tem contatos com funcionários do governo, incluindo integrantes das Forças Armadas, que estariam dispostos a abandonar o presidente venezuelano.

— Claro que sim, temos contato com vários setores civis e militares — respondeu López a jornalistas, após ressurgir diante da base militar de La Carlota, em Caracas, ao lado de Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autoproclamado presidente interino. — Todo este tempo houve comunicação entre estes setores, e isto tem a ver com este processo que se está construindo.

López cumpria uma pena de quase 13 anos de reclusão em regime de prisão domiciliar, depois de ser acusado em 2014 de tentar depor o governo de forma violenta. Ele liderava o setor mais duro da oposição, que na época se encontrava dividida entre a via eleitoral e a via insurrecional para a deposição de Nicolás Maduro, herdeiro de Hugo Chávez.

No começo da manhã, López escreveu no Twitter, em sua primeira publicação em dois anos: “Fui libertado pelos militares sob ordens da Constituição e do presidente Guaidó. Mobilizem-se todos. É hora de conquistar a liberdade”. Rumores afirmam que o Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) libertou López por ordem de Guaidó, sob a promessa de que ele ofereceria a seus integrantes “anistia e a garantia de indultos”.

Dirigente da Vontade Popular, López esteve junto de Guaidó na base aérea de La Carlota. Ele afirmou também que recebeu informações de movimentações “ocorrendo em diversas unidades militares do país” e de que “a maioria” dos militares pensa ser necessário que haja uma mudança de governo.

Economista com mestrado em Harvard que completou 48 anos nesta segunda-feira, López foi o principal promotor da estratégia conhecida como "La Salida", que tentou derrubar Maduro por meio da pressão das ruas logo após a morte de Chávez, em 2013. Entre fevereiro e maio de 2014, os protestos deixaram 43 mortos.  López foi condenado em 2015 sob as acusações de promover a perturbação da ordem pública, danos à propriedade, incêndio e associação criminosa.

Com o fracasso dos protestos de 2014, a oposição participou das eleições legislativas de 2015. Em sua primeira grande vitória no período chavista iniciado em 1999, obteve maioria na Assembleia Legislativa. Maduro, no entanto, adotou uma estratégia de minar o poder do Legislativo. Primeiro, o Tribunal Supremo de Justiça, de maioria governista, declarou o Legislativo em desacato. Depois, em 2017, Maduro convocou uma Assembleia Nacional Constituinte, eleita fora do princípio um homem, um voto, que assumiu os poderes legislativos.

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