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Para Mourão, decisão de retirar reportagem do ar é 'ato de censura' e 'falta de bom senso'

Vice-presidente também afirmou que ' cada um sabe onde aperta os seus calos' e diz esperar em uma solução

18/04/2019 às 16h21
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Divulgação
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 O vice-presidente Hamilton Mourão voltou a classificar, nesta quinta-feira, como censura a decisão do ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a retirada do ar de reportagem que cita o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.  Para ele, falta "bom senso" ao Judiciário diante do caso.

- Eu já declarei que considero um ato de censura isso daí. Óbvio está no seio do judiciário, uma decisão tomada dentro do STF, compete ao Judiciário chegar a um final melhor disso daí tudo -  disse.

Mourão não quis comentar as declarações do ministro Marco Aurélio Mello que criticou em entrevistas concedidas nesta quinta-feira a decisão de Moraes. Em visita a Gramado, no Rio Grande do Sul, Marco Aurélio classificou como "mordaça" a decisão, em declaração à "Rádio Gaúcha".

-  Não quero tecer críticas ao Judiciário. Cada um sabe onde aperta os seus calos. Espero que se chegue a uma solução de bom senso nisso aí. Acho que o bom senso não está prevalecendo - afirmou. 

A matéria "O amigo do amigo do meu pai",  que foi retirada do ar na última segunda-feira, revelava um documento de um processo da Lava-Jato em Curitiba em que o ex-presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, afirmava que este era o codinome de Dias Toffoli. A decisão de Moraes faz parte de um inquérito sigiloso aberto no mês passado para apurar ataques ao Supremo.

Dias Toffoli, em entrevista ao jornal "Valor Econômico" nesta quinta-feira , refutou a tese de que houve censura. Para Toffoli, os veículos de imprensa orquestraram uma narrativa "inverídica" para constranger e emparedar o Supremo às vésperas de a Corte tomar uma decisão sobre a prisão após o julgamento em segunda instância.

Em meio à polêmica, mas sem mencionar a decisão de Alexandre de Moraes, o presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que  o país precisa da imprensa  para que “a chama da democracia não se apague”.

— Que pese alguns percalços entre nós, nós precisamos de vocês para que a chama da democracia não se apague —  disse Bolsonaro, dirigindo-se à imprensa, durante seu discurso na cerimônia de comemoração do Dia do Exército no Comando Militar do Sudeste, em São Paulo.

No evento, Bolsonaro defendeu a publicação de “palavras, letras e imagens que estejam perfeitamente emanados com a verdade” e disse crer ser necessário trabalhar por isso para “um Brasil maior, grande e reconhecido em todo cenário mundial”.

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