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Morador de rua tem 36% do corpo queimado enquanto dormia

Testemunhas disseram à Polícia Civil que dois homens, em um carro preto, jogaram álcool no corpo da vítima e, depois, atearam fogo, no Gama.

17/04/2019 às 12h31 Atualizada em 17/04/2019 às 12h32
Por: Larissa Botelho Fonte: Metrópoles
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Divulgação
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Um morador de rua precisou ser socorrido após ter 36% do corpo queimado enquanto dormia embaixo de marquise da Quadra 5 do Setor Central do Gama. O crime ocorreu na madrugada desta quarta-feira (17/04/19).

A vítima sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus. De acordo com a Polícia Civil do DF, o caso é tratado como tentativa de homicídio. Valdiran da Silva Mota dormia ao lado de outros moradores de rua quando um carro preto, com dois homens dentro, parou ao lado da vítima. Os suspeitos desceram e jogaram álcool no corpo da vítima e atearam fogo, conforme informado por testemunhas em depoimento.

Logo depois, os acusados fugiram do local, segundo informou a PCDF. Os demais moradores de rua, então, apagaram as chamas e acionaram o Corpo de Bombeiros para o socorro. As áreas mais atingidas foram a face, os membros superiores e o tronco da vítima.

Valdiran foi encaminhado ao Hospital Regional do Gama (HRG) e, depois, levado ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran) — unidade pública referência no tratamento de queimados no DF. O quadro dele, agora, é considerado estável.

A investigação está sob responsabilidade da 20ª Delegacia de Polícia (Gama). O local onde o crime ocorreu é monitorado por câmeras de segurança. Os vídeos ajudarão a polícia na identificação dos suspeitos.

Galdino
Na madrugada do dia 20 de abril de 1997, um caso semelhante no DF chocou o país e o mundo. O índio Galdino morreu após ser incendiado na rua. Cinco jovens de classe média atearam fogo no cacique do povo pataxó-hã-hã-hãe, que dormia no banco da parada de ônibus da 704 Sul.

Galdino teve 95% do corpo queimado e morreu no dia seguinte ao ataque. Cacique de um povo que hoje conta com pouco mais de 2 mil representantes, ele saiu da Bahia na véspera do Dia do Índio de 1997 para participar, na capital do país, de manifestações e negociações com a Fundação Nacional do Índio (Funai).

Era porta-voz da luta pela demarcação das terras pataxós. Uma guerra que, em 1986, já tinha matado um de seus 11 irmãos e que, apenas em 2016, provocou 1.295 conflitos e 61 assassinatos de indígenas pelo Brasil, segundo dados do Conselho Indigenista Missionário (Cimi).

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