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Alunos fazem protesto contra professor suspeito de assediar alunas em Manaus

Educador foi afastado das atividades, segundo Secretaria de Educação.

05/04/2019 às 16h52
Por: Jéssyca Seixas Fonte: G1/AM
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Eliana Nascimento/G1 Amazonas
Eliana Nascimento/G1 Amazonas

Alunos da Escola Senador João Bosco Ramos de Lima, no bairro Cidade Nova, na Zona Norte de Manaus, protestaram contra um professor do local que é suspeito de assediar uma estudante de 16 anos. A manifestação ocorreu em frente à unidade educacional, na manhã desta sexta-feira (5). O professor foi afastado das atividades, mas teria sido visto na noite de quinta-feira no local.

De acordo com a mãe da aluna que teria sido vítima de assédio, o ocorrido veio à tona após o professor de matemática da escola enviar mensagens para filha em redes sociais.

"Ontem de manhã a polícia me ligou e disse para eu vir até a escola, pois minha filha denunciou que desde o mês passado o professor vinha mandando mensagens imorais, com pornografia, perguntava se ela ainda era virgem etc. Foi quando minha filha criou coragem e denunciou porque ela ficou com vergonha dos colegas quando o professor passou a mão nela", contou.

A família dessa aluna registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DEPCA). Segundo a mãe da aluna, após a iniciativa, surgiram outras estudantes e relataram que também foram vítimas do professor.

Outros pais de alunos também estiveram em frente à escola nesta manhã e cobraram um posicionamento da Secretaria de Educação do Amazonas (SEDUC). Até às 9h, a diretora não se pronunciou para a imprensa no local.

Uma aluna de 18 anos conversou com o G1 sobre o comportamento do professor em sala de aula.

"Só por conta dessa manifestação contra o professor já é possível ter uma base de como era o comportamento do professor, muita gente não gosta dele. Ano passado, ele dava muito em cima das meninas, na frente de todo mundo. Em alguns casos, ele fazia umas piadinhas de duplo sentido e coisas indecentes. Tanto é que, ficamos revoltados, foi realizado uma mobilização dos alunos e chegou a essa proporção hoje", disse.

O secretário executivo adjunto da capital na Seduc, professor Bibiano Garcia, esteve no local e mostrou apoio à manifestação dos estudantes.

"É revoltante e nós temos a total solidariedade com a manifestação, caso de assédio como esse tem que ser, de uma forma contundente, reprimido. Os alunos e a sociedade têm todo o direito de se revoltar. É um ato que nós aprovamos, é preciso que se denuncie", afirmou.

De acordo com o secretário, a Seduc repudia o ato do professor denunciado. "Já está afastado e será encaminhado tudo aquilo que a lei implica. Mas ele não pode permanecer nessa escola e não poderá permanecer na rede pública de educação do Estado", finalizou.

A Seduc informou, ainda, que o professor foi afastado da unidade de ensino e foi aberto um processo administrativo para apuração do caso, durante o qual "será respeitado o direito à ampla defesa do servidor".

O órgão também apura supostas mensagens trocadas por meio de um aplicativo nas quais um professor alicia sexualmente a aluna.

De acordo com a delegada Joyce Coelho, titular da Depca, a ocorrência foi atendida pela delegada plantonista que lavrou procedimento de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por perturbação da tranquilidade. O TCO será encaminhado à Justiça.

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