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Após surto de H1N1, comunidades indígenas recebem imunização contra doença, no AM

A meta é vacinar 450 índios.

04/04/2019 às 16h52
Por: Jéssyca Seixas Fonte: G1/AM
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 Samira Benoliel/Rede Amazônica
Samira Benoliel/Rede Amazônica

Indígenas que vivem em aldeias situadas nas proximidades de Manaus receberam um mutirão de vacinação contra H1N1 nesta quinta-feira (4). Índios, crianças menores de seis anos e grávidas estão entre os três grupos de risco que não alcançaram a marca de 90% de imunização. A meta é vacinar 450 índios.

A comunidade Três Unidos, a cerca de uma hora e meia de lancha de Manaus, foi uma das primeiras a receber a vacina contra o vírus H1N1. Ao todo, sete comunidades vão receber o mutirão.

Para a ação, os profissionais de saúde passam por uma capacitação para atender as aldeias, respeitando as crenças e a cultura de cada etnia.

Zeivania Amud, titular da Secretaria Municipal de Saúde Indígena, explicou que há um agente indígena de saúde capacitado para trabalhar nas comunidades e facilitar o acesso nas equipes nessas localidades.

"Eles são de fundamental importância para a equipe ter esse acompanhamento, para a equipe ter um trabalho. Eles são a ponte para todo esse trabalho ir à frente", disse.O estudante indígena Ramilson Dias da Silva destacou a importância de se imunizar. “Tem muita gente morrendo. Eu acho muito importante e estou aqui para isso”, disse.

"A saúde em primeiro lugar pra gente", afirmou o agricultor indígena, que também esperava pela dose da vacina.

O tuxaua da aldeia, Waldemir da Silva, reforçou a necessidade de se vacinar. "O vírus da gripe hoje não escolhe mais a pessoa. Tanto faz está protegido como não, na nossa palavra, leva direto, né? Então, hoje pra gente é assim, não tem um remédio caseiro que combate, a confiança toda da gente hoje é a vacina”.

O dia imunização terminou com um ritual de agradecimento.

Campanha

Nos últimos 15 dias, 550.445 pessoas foram vacinadas no Amazonas contra o vírus H1N1. O número corresponde a 55% da população-alvo da ação, de acordo com levantamento publicado nesta quarta-feira (4) pelo Ministério da Saúde.

A campanha teve início no dia 20 de março no Amazonas. A programação teve que ser antecipada devido à quantidade de casos que surgiram nos últimos meses.

Imunização prioritária é voltada para seguinte público-alvo:

  • Crianças a partir de seis meses a menores de cinco anos;
  • Idosos a partir de 60 anos;
  • Professores de rede pública e privada;
  • Trabalhadores da saúde;
  • Povos indígenas;
  • Gestantes e mães com até 45 dias após o parto;
  • Pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Dados

De acordo com a FVS, o número de óbitos por H1N1 não mudou. São 32 mortes sendo 25 em Manaus e três em Manacapuru, e Parintins, Itacoatiara, Japurá e Urucurituba com um caso cada.

Em relação ao vírus sincicial, também permanecem os 13 óbitos divulgados na última sexta-feira (22).

Dos 48 pacientes graves que evoluíram para óbitos, entre fevereiro e março de 2019, 40 deles faziam parte de grupo de risco mais suscetíveis, com destaque para crianças menores de cinco anos, idosos, pessoas com diabetes, pneumopatas, pessoas com obesidade e neuropatas.

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