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Ministro da Educação diz que presidente do Inep foi demitido porque 'puxou o tapete'

'Considerei um ato grave, um ato em que não consultou o ministro', argumentou Vélez durante audiência na Comissão de Educação

27/03/2019 às 14h04
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Reprodução
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O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, afirmou nesta quarta-feira que o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Marcus Vinícius Rodrigues, foi demitido porque “puxou o tapete”.  A exoneração ocorreu após o então dirigente do Inep editar uma portaria que suspendeu por dois anos a avaliação da alfabetização, prevista para 2019.

Após a repercussão negativa, Vélez demitiu Marcus Vinicius, revogou a portaria e disse que não sabia da medida. O demitido argumentou que o pedido de suspensão da avaliação partiu por escrito do secretário de Alfabetização do Ministério da Educação (MEC), Carlos Nadalim, assessor próximo do ministro e seguidor do ideólogo do governo Olavo de Carvalho. É de Olavo a indicação de Vélez para a pasta.

— A última demissão no MEC. Por quê? O diretor-presidente do Inep puxou o tapete, ele mudou de forma abrupta o entendimento que já tinha sido feito para a preservação da base nacional curricular, e fazer as avaliações de comum acordo com as secretarias de educação estaduais e municipais. Realmente, considerei um ato grave, um ato em que não consultou o ministro. Se alicerçou em pareceres técnicos, mas não foi debatido no seio do MEC — justificou o ministro.

Ao GLOBO, o dirigente exonerado do Inep, Marcus Vinícius Rodrigues, disse que "o ministro é gerencialmente incompetente" e que "não tem controle emocional" para comandar a educação brasileira. Ele também afirmou que, desde que assumiu o MEC, Vélez não tem feito reuniões dentro do órgão.

Vélez também negou a declaração do ex-presidente do Inep de que não há comunicação na estrutura do MEC. Marcus Vinicius disse à imprensa que em três meses de governo não houve reuniões de trabalho com o ministro da Educação, acentuando a falta de gestão entre os órgãos da área, que mergulhou em uma crise nas últimas semanas com demissões em série de postos estratégicos da pasta.

—  Não é verdade que não tenha ocorrido reuniões das secretarias e das presidências do ministério ao longo destes três meses. Está aqui o meu caro colaborador, professor Decotelli, que é uma grande figura, grande expoente, que pode testemunhar que reuniões temos feito para alinhavar melhor as nossas políticas — argumentou Vélez. 

As declarações de Vélez foram dadas durante uma audiência na Comissão de Educação da Câmara.

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