Nas redes sociais da oceanógrafa Joana Silva Fernandes, de 26 anos, várias fotos postadas nos últimos dias mostram o amor pela Amazônia. “Ahh se o paraíso não é aqui, não sei mais onde pode ser”, disse ela na legenda de um vídeo publicado no Instagram no dia 8 de fevereiro. A viagem era um sonho para a gaúcha, mas foi interrompida temporariamente depois de um volvo intestinal que a levou para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital João Lúcio, na Zona Leste. Familiares buscam doadores de sangue para salvar a vida de Joana.
As dores vieram de repente no sábado (9), quatro dias depois da viagem, enquanto a oceanógrafa participava de um passeio na região do Encontro das Águas, em Manaus. Lá, a jovem se sentiu mal, foi levada para o hotel e seguiu para um posto de saúde de Uber. Joana então foi transferida para o Hospital e Pronto Socorro João Lúcio direto para a sala de cirurgia devido ao estado grave. Desde a internação, Joana já passou por três procedimentos a fim de tratar o volvo intestinal, que é uma espécie de nó no intestino.
O irmão de Joana, Gabriel Fernandes, de 33 anos, conta que a oceanógrafa levava uma vida saudável, porém os médicos afirmam que ela tinha uma pré-disposição a apresentar o problema. “Durante a viagem ela só estava curtindo. Não sabíamos que isso podia acontecer”, disse ele, contando que está em Manaus desde o último domingo (10). Preocupados, outros parentes e amigos também vieram para o Amazonas acompanhar a luta da jovem.
Formada em Oceanografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Joana começaria um curso de Medicina em Santa Catarina com as aulas iniciando nesta semana. Gabriel conta que a viagem para o Amazonas era um desejo dela há muito tempo e onde ela conseguiria “energias positivas” para o novo desafio. “Era um sonho dela conhecer. Ela estava fazendo postagens nas redes sociais e grata por estar conhecendo a Amazônia brasileira, mas infelizmente acabou acontecendo isso”, disse ele.
Em outra postagem dentro de uma canoa, Joana agradece a oportunidade de conhecer a região. “Esse não é um simples sorriso, é um sinal de orgulho e gratidão pela experiência surreal que é viver nessa Amazônia maravilhosa”, escreveu.
Doações de sangue
A gravidade do nó intestino afetou outros órgãos de Joana, e por conta disso e das cirurgias realizadas, surgiu a necessidade de armazenar um estoque de sangue para a gaúcha. Com a repercussão nas redes sociais, os familiares alcançaram 11 bolsas, entretanto, existe a necessidade de mais sangue para garantir a recuperação da jovem, apesar do quadro dela ser estável.
As doações podem ser feitas na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (Hemoam), localizada na avenida Constantino Nery. O tipo de sangue de Joana é A+, mas qualquer tipo de doação é compatível. Ainda segundo o irmão da gaúcha, não há previsão para Joana receber alta do hospital. “Vamos continuar aqui até ela ser liberada. Temos fé que ela vai ficar boa logo e voltar com a gente”.
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