A Fundação de Vigilância em Saúde do Estado do Amazonas (FVS-AM) divulgou o Boletim Epidemiológico de Malária, que apontou uma redução de 55% no número de casos da doença em janeiro deste ano comparado ao mesmo período de 2018. Segundo o documento, foram registrados 3.439 casos no primeiro mês de 2019.
Os municípios que alcançaram os melhores resultados até o momento são: Itacoatiara, com redução 94% (168 casos em 2018 e 10 casos em 2019);
Santa Izabel do Rio Negro, com 86% (574 casos em 2018 e 79 casos em 2019);
Guajará, com 82% (420 casos em 2018 e 73 casos em 2019).
O município de São Gabriel da Cachoeira, que foi o responsável pela maior incidência no Amazonas, apresentou a redução de 56,03%, com 733 casos em janeiro de 2019 contra 1.667 casos notificados no ano passado. Manaus também apresentou redução importante de 35% neste ano, com 682 casos notificados em 2019 contra 1.063 casos notificados no primeiro mês de 2018.
Mosquiteiros
De acordo com a diretora da FVS, Rosemary Costa Pinto, uma importante estratégia que permitiu a redução dos casos da doença foi a distribuição 40 mil mosquiteiros impregnados com inseticidas de longa duração como medida de controle em áreas malarígenas. A estratégia contemplou 26 municípios amazonenses, incluindo os prioritários.
Rosemary acrescentou que os indicadores são positivos, porém o desafio é manter a redução. "Ao todo no Amazonas, existem mil pontos de microscopia, que são essenciais para garantir o diagnóstico precoce e tratamento adequado da doença. Esta é uma das principais ações que visa identificar e tratar os casos de malária, interrompendo assim a cadeia de transmissão. Além disso, outras medidas de proteção, como o uso do mosquiteiro impregnado, repelentes, evitar permanecer em igarapés após o entardecer entre outras, contribuem para o controle".
De acordo com o diretor-técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, serão distribuídos em 2019 mais 50 mil mosquiteiros impregnados para os municípios do interior.
"Esta é uma estratégia muito importante para controlar a doença, mas é preciso a adesão da população para o uso correto dos mosquiteiros", salienta Fernandes.
Síntese epidemiológica da Malária
A Malária apresentou queda no Estado entre os anos de 2005 e 2016, quando as notificações reduziram de 167.018 para 45.476 casos. Observou-se o crescimento da doença em 2017, quando foram registrados cerca de 76 mil casos, entre janeiro e dezembro.
Em 2018, no primeiro trimestre, o aumento chegou quase a 60%, mas finalizou o ano com a redução de 10% com 68.396 casos em 2018 contra os 76.106 casos registrados em 2017. O aumento expressivo de números de casos de malária no Alto Rio Negro resultou no Decreto de Emergência naquela região.
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