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Sem BRT, prefeito promete viaduto no Manoa e passagem de nível na Constantino Nery

Artur Neto não informou o prazo de entrega dos empreendimentos, mas disse que serão realizados ainda no decorrer deste ano

07/02/2019 às 10h48
Por: Larissa Botelho Fonte: A crítica
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Euzivaldo Queiroz
Euzivaldo Queiroz

Com o projeto do BRT (Bus Rapid Transit) ainda no papel desde a gestão de Amazonino Mendes, o prefeito Artur Neto (PSDB), prometeu, nessa quarta-feira (6), construir duas novas obras no sistema viário de Manaus. A primeira será um viaduto no bairro Manoa, na Zona Norte da cidade, e a segunda, uma passagem de nível no cruzamento das avenidas João Valério e Constantino Nery, Zona Centro-Sul, nos mesmos moldes do Complexo Viário 28 de Março, localizado entre os bairros Tarumã e Ponta Negra, na Zona Oeste.

Os projetos foram anunciados durante a abertura dos trabalhos legislativos da Câmara Municipal de Manaus (CMM). Artur Neto estimou que devem ser gastos cerca de R$ 40 milhões nas duas obras. Mas não informou o prazo de entrega dos empreendimentos. Disse apenas que serão realizadas “em breve” e ainda no decorrer deste ano.

Procurada pela reportagem, a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) disse que os projetos ainda estão em fase de processo licitatório. “Foi elaborado um pré-projeto onde passará por análise da Comissão Municipal de Licitação para publicação posterior. Após a conclusão de análise, a secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) irá divulgar os próximos passos para o início e execução das obras”, diz a Seminf por meio de nota.

Legado

O  projeto do BRT (Bus Rapid Transit), elaborado em 2009 na gestão de Amazonino Mendes (PDT), foi orçado em R$ 290,7 milhões pela Prefeitura de Manaus. A obra prevista para ser entregue antes da Copa do Mundo de 2014, sofreu impasses judiciais e inviabilidade financeira, tendo o projeto sido retirado da Matriz de Responsabilidade do Mundial da Fifa em meados de 2012. 

Na época, o plano foi reintegrado ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Mobilidade e chegou a ter previsão de entrega entre os anos de 2015 e 2016, porém, isso não aconteceu até o presente momento. 

Em fevereiro do ano passado,  Artur Neto foi apresentado ao City Vehicle Interconnected (Civi), a nova geração do BRT ou o BRT 2.0, por um grupo de empresas interessadas em trabalhar em Manaus. Na ocasião, ele disse que faria um Chamamento Público, em caráter nacional, para que outras empresas ou grupos interessados se apresentem.

Dívida

Ontem, Artur afirmou que deixará a prefeitura ao seu sucessor em 2020 com dinheiro em caixa e  “zero dívidas”. Ele disse que da dívida de R$ 347 milhões herdada da gestão de Amazonino, ainda faltam pagar  R$ 14 milhões. O prefeito declarou que ainda não quitou esse valor  “porque não quer”, tendo em vista que no momento o município tem outras prioridades.

Passagem sem reajuste e novos ônibus

A qualidade do transporte coletivo da cidade de Manaus também foi citada pelo prefeito Arthur Neto (PSDB), que garante que esta é uma das “maiores tristezas” de sua gestão, e que por conta do problema, vê como “sem cabimento” que haja aumento na tarifa dos coletivos. Se isso ocorresse, segundo ele, faria a população procurar outros meios de locomoção.    

“Se aumentarmos a tarifa, no outro dia um grupo de pessoas se une e pega um Uber (transporte solicitado por meio de aplicativo) por um valor mais em conta Se dividido o valor da dívida, isso inclui também os mototáxis e até mesmo os clandestinos, pois a população está sempre buscando meios mais econômicos, por isto que aumentar a tarifa não é a melhor alternativa, e sim otimizá-la, proporcionando um transporte de qualidade à população”, disse.

Artur disse ainda que após uma reunião realizada com empresários que atuam no ramo do transporte coletivo, na última terça-feira, Manaus poderá contar com a previsão de 200 a 280 novos ônibus.

Mandato de quatro anos na Manausprev

Uma das primeiras mensagens do Executivo que serão encaminhadas  à Câmara Municipal de Manaus (CMM) garante, segundo o prefeito Artur Neto, a independência da Manaus Previdência ao fixar um mandato de quatro anos para a presidência da autarquia. Segundo ele, a Manausprev conta com ativos de R$ 1,2 bilhão. O órgão é responsável pelo pagamento da aposentadoria dos servidores municipais.

“A presidência agora vai contar com um mandato de quatro anos, que antes só poderia ser destituída por algum problema e que ainda teria que contar com o aval da CMM e ter a minha assinatura. Por isto que abro mão deste comando para protegê-la, após termos recuperado a previdência e que não aconteça com ela o que houve antes de eu assumir a prefeitura”, disse o prefeito.

Em março de 2018, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), bloqueou as contas da ex-diretora da Manausprev, Danielle Vasconcelos Corrêa Lima, e da secretária de finanças do órgão, Irlândia Alves de Araújo - que atuaram na pasta durante a gestão de Amazonino Mendes (PDT) - por  “malversação dos recursos públicos geridos pelo fundo previdenciário”, e solicitado o ressarcimento de  R$ 34,8 milhões.

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