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Empresários recuam e gasolina volta a ficar abaixo de R$ 4, em Manaus

Uma semana depois de ver um reajuste do preço do litro da gasolina comum de até R$ 1

25/01/2019 às 10h54
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Divulgação
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Depois de um reajuste no preço do litro da gasolina, que variou entre 25% e 30%, sentida pelos consumidores de Manaus na semana passada, os donos de postos de combustíveis voltaram a mexer no preço, desta vez para baixo. O litro da gasolina comum agora pode ser encontrado com preços abaixo de R$ 4, entre R$ 3,59 e R$ 3,99, muito embora ainda se existam postos em Manaus vendendo o litro do combustível por R$ 4,39 e R$ 4,49.

O recuo dos empresários do segmento sobre o preço da gasolina comum na capital amazonense é visto como resultado da pressão da população que voltou a realizar manifestações contra o preço considerado abusivo, bem como da fiscalização da força-tarefa, criada para investigar o reajuste da gasolina em Manaus, observada com evidências de formação de cartel, segundo denunciou a Ouvidoria e Proteção ao Consumidor (Procon Manaus).

No período de cinco dias, cerca de 110 postos de combustíveis foram notificados pelos órgãos de defesa do consumidor que compõem a força-tarefa.

Os postos notificados precisam apresentar documentos comprovando os motivos para reajustar os preços da gasolina. A redução dos preços, que começou a ser sentida pelos consumidores na quarta-feira (23), confirmou a suspeita de uma ação coordenada, já que a maioria dos postos está comercializando o litro da gasolina por R$ 3,99.

Do mesmo modo como foi justificada em dezembro do ano passado, a nova redução de preço, segundo o vice-presidente do Sindicato dos Postos de Combustíveis do Amazonas (Sidcam), Geraldo Dantas, se trata também de uma nova onda de promoções de descontos.

Segundo Dantas, as vendas continuam muito baixas, fazendo com que os donos de postos de combustíveis negociassem o litro a um preço mais baixo com as distribuidoras, repassando esse ganho para os consumidores, “mesmo que isso represente perder um pouco da margem de lucro”.

‘Barulho’

De acordo com ele, os preços são regulados pelo mercado e como o preço é livre, cada dono de posto coloca o preço que quiser. “Sempre foi assim. Não sei porque o Procon está fazendo tanto barulho. Eles deveriam mudar o foco para outras áreas também, como o preço de alimentos e de materiais escolares, por exemplo”, disse Geraldo Dantas.

O coordenador do Procon Manaus, Rodrigo Guedes, disse não acreditar que se trata de nova promoção de preços nos postos. Segundo ele, mesmo com a redução dos preços, os donos de postos de combustíveis terão que apresentar documentação para comprovar esse sobe e desce de preço. Rodrigo acrescentou que não existia nenhuma motivação para o reajuste de até R$ 1,00 no preço do litro de gasolina comum.

“Os donos de postos de gasolina não podem fazer o que querem porque quem acaba sendo prejudicado é o consumidor manauense”, destacou Guedes. De acordo com ele, o resultado da análise dos documentos pode gerar ação contra os donos de postos, que correm o risco de serem acusados de formação de cartel, proibido por legislação federal.

Rodrigo Guedes observou, no entanto, reconhecer que sobre o preço da gasolina incide impostos federais e estaduais que são muito elevados.

Segundo o coordenador do Procon Manaus, no preço do litro da gasolina está embutido cerca de 48% de impostos, isso sem contar o pagamento do Alvará de funcionamento, IPTU e folha de pagamento. Mas, para ele, isso não significa que os empresários podem alterar os preços do combustível acima de 20%, como aconteceu, com o preço do litro da gasolina chegando a R$ 4,49.

“O reajuste variou entre R$ 25% e 30%, sem que a Petrobras tivesse reajustado o preço da gasolina para a distribuidora. O reajuste foi apenas para as refinarias. É preciso que haja um esclarecimento para isso”, disse o coordenador do Procon Municipal, acrescentando que as fiscalizações continuam.

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