Com mutirão de obras básicas no São Jorge, Zona Oeste, o prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB) e o vice-prefeito Marcos Rotta (sem partido) começaram 2019 com o pé direito e afastaram qualquer boato de desencontro político, nesta quinta-feira (3).
Ao todo, 45 ruas do bairro estão sendo atendidas com tapa-buracos e desobstrução de bueiros. Sendo o primeiro trabalho oficial do ano, Rotta ressaltou que teve uma conversa franca com Arthur ainda nesta manhã, e que reafirmou alianças para a gestão pública.
"Convergimos e divergimos em alguns pontos, mas independente disso vamos nos concentrar no bem da máquina pública. Manaus carece da relação próxima de prefeito e vice e não vamos misturar as tomadas de decisões que impactam os cidadãos com escolhas pessoais", afirmou.
Para 2019, Rotta vislumbra um futuro promissor com horizontes federais, inclusive. "Conseguimos transformar a cidade em um case nacional em relação a ajustes fiscais. O novo governo deve levar em conta isso. Minhas ações ajudaram no que pude no passado, mas para os próximos dois anos de gestão, temos o intuito de ampliar a visibilidade de Manaus para todo o País", projetou.
Capital da Amazônia
Sobre o assunto, o prefeito também aproveitou para destacar o estado atual da Zona Franca de Manaus (ZFM). Para ele, Bolsonaro precisa olhar a ZFM de forma diferenciada.
"Se não tivermos novos polos concentrando a biodiversidade no processo produtivo, a economia vai se desgastar. Isso pode significar o desmatamento da floresta amazônica, visto que as empresas vão ficar desestimuladas e avançar com outras linhas de frente", ressaltou.
Para Arthur, a biomassa da floresta se relaciona intimamente com a capital amazonense, que chama de "capital da Amazônia" e isso precisa ser aproveitado. Nos próximos reajustes tributários, o prefeito chamou a atenção do poder público para insistir nas vantagens estratégicas de "estar na Amazônia". "Reduzir o imposto de importação, por exemplo, é complicado apesar de eu concordar em abrir a economia. Manaus deve ser olhada com bons olhos, senão perdemos a nossa vantagem comparativa e a ZFM perde a razão de ser. As empresas avançariam na floresta e o mundo jamais aceitaria isso de mãos atadas. Seria um caos político-econômico gigantesco", finalizou.
Sobre a volta de Rotta para o antigo posto na pasta de infraestrutura (Seminf), ambos não confirmaram o questionamento se ele voltaria ou não. Arthur admitiu, porém, que a presença de Rotta será muito útil na realização de projetos.
"Temos o objetivo de acabar com a dívida pública e ainda deixar um mês e meio de espaço para o sucessor. Nas obras públicas, vamos continuar fazendo mutirões de tapa-buracos e inaugurar viadutos, passagens de nível e obras de arte mais elaboradas na infraestrutura da cidade. Com o vice ao meu lado, vai ficar mais fácil e leve realizar todos os projetos", acrescentou.
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