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Crânio de Luzia é encontrado nos escombros do Museu Nacional

Crânio foi encontrado na década de 1970 em Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, por uma missão francesa liderada pela arqueóloga Annette Laming

19/10/2018 às 15h57
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Dia
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Divulgação
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Pesquisadores que trabalham nos escombros do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio, encontraram parte da ossada do crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo da América. O anúncio foi feito pela direção da instituição, no início da tarde desta sexta-feira. 

"Conseguimos recuperar o crânio de Luzia. Por conta do fogo, ela sofreu algumas avarias, mas estamos otimistas não só pelo museu, mas por Pedro Leopoldo e pelo Brasil", declarou a professora Claudia Rodrigues, responsável pela equipe de salvamento. 

O crânio foi encontrado na década de 1970 em Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, por uma missão francesa liderada pela arqueóloga Annette Laming-Emperaire e representou uma revolução nos estudos sobre o povoamento do continente americano. Luzia apresentou uma datação relativa entre 11 mil e 11,5 mil anos, o que faz do crânio um dos mais antigos do Brasil e também de todo o continente americano.

De acordo com Claudia, o crânio foi encontrado em fragmentos e os pesquisadores trabalharão na sua reconstrução. "Não há previsão ainda, pois precisamos de verbas para sabermos quais pesquisas vamos utilizar. Temos 80% do crânio identificado e achamos que podemos chegar a muito mais", comentou.

“Achamos 100% do crânio e já identificamos 80% desse material. Precisamos remontar o laboratório e para fingir que vamos respirar, para a construção do laboratório é de 10 milhões”, disse Alexander Kellner, diretor do Museu Nacional. 

Segundo Kellner, o museu já conseguiu R$ 8,9 milhões do MEC e a verba será utilizada para a segurança da instituição — escoramento e segurança das pessoas para começar a retirar os materiais. "Não iniciamos as atividades de salvamento. Na medida que estamos fazendo os escoramentos estamos encontrando materiais", afirmou. 

"A minha estimativa é que o museu gaste R$ 350 milhões para ficar pronto.Só a fachada ficará em R$ 50 milhões", declarou Kellner. "Pedimos 56 milhões para o Congresso Nacional", completou o diretor. 

O diretor não revelou onde o crânio foi encontrado e nem comentou sobre o futuro do material. "Não vamos dizer onde ficará à a Luzia. Mas, pensamos em remonta-lá em outro laboratório", concluiu. 

“A chuva e a falta de cobertura nos preocupa. É muito complexo. A empresa tem que retirar ferragens e parte da arquitetura que não será reconstruída. Sedimentos e materiais terão que ser trabalhados ali. Temos sofrido com a chuva. Sempre que podemos fazemos algumas intervenções e nem todo lugar tem o tratamento que queríamos dar”, explicou a professora Claudia Rodrigues. 

Grande parte do acervo do museu foi destruído pelo incêndio do último dia 2 de setembro. Datado de mais de 11 mil anos, o crânio é uma das peças mais importantes da história natural do Brasil e estava entre as mais de 20 milhões obras que o museu possuía. 

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