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Santa Júlia realiza primeira cirurgia com paciente acordado no AM

Método pioneiro e indolor realiza o procedimento cirúrgico com o paciente acordado e lúcido para que possa responder quando determinadas áreas são estimuladas

28/09/2018 às 13h09
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Reprodução
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 Imagine que você está deitado em uma maca de hospital, acordado e capaz de ouvir tudo o que está acontecendo ao seu redor, enquanto um cirurgião realiza um procedimento na sua cabeça. Tudo isso sem sentir dor. Em Manaus, o Hospital Santa Julia é o primeiro a realizar esse tipo de procedimento. A cena, pode parecer de um filme futurista, mas já é realidade e contribui para o tratamento de tumores cerebrais e implantes de eletrodos para tratamento de Parkinson. 

Esse tipo de cirurgia tem a finalidade de reduzir  danos ao sistema nervoso, auxiliando o cirurgião na manipulação de estruturas neurais. De recuperação rápida, quando ocorre dentro da normalidade, pacientes podem receber alta após três dias do procedimento, como foi o caso de uma cirurgia realizada na última semana, no hospital Santa Júlia. 

De acordo com o neurocirurgião Carlos Roberto Malagutti, um dos especialistas que participou da operação com a paciente no hospital, ela possuía uma lesão cerebral no lado esquerdo da massa encefálica, que atingia as áreas motora e da fala. De acordo com o médico, a operação foi um sucesso.

Malagutti disse à reportagem que, para a realização do procedimento, "o paciente é submetido a uma anestesia geral e, após a abertura do crânio, a sedação é reduzida para que o paciente acorde", salientando que, durante a operação, é necessária a presença de um anestesista qualificado.

"Após a abertura do crânio, é feito um mapeamento da localização do tumor e das áreas afetadas por ele. O paciente é novamente colocado em anestesia geral e a cirurgia é finalizada", explicou o médico.

Apesar de parecer simples, o especialista explica que, para que a cirurgia tenha sucesso, também é preciso o acompanhamento com um neurofisiologista durante o processo cirúrgico. “Se o paciente não se mantiver calmo durante o procedimento e não responder aos comandos do neurofisiologista, terá que ser completamente sedado novamente”, afirmou o médico. 

Para esse tipo de cirurgia, apesar de estar acordado, o paciente não deve sentir dor. Para isso, existem três modelos de anestesia que podem ser escolhidos.

A operação dura, em média, de seis a oito horas. O paciente poderá ficar acordado, ajudando na operação, durante quatro horas. Em todos os momentos, ele responde com toques, de acordo com o treinamento previamente realizado com o neurofisiologista, para que determinadas áreas manipuladas gerem uma resposta por meio dos gestos. Isso contribui para o sucesso do procedimento.

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