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´Fiz opção por uma pessoa que é completamente limpa´, diz Arthur sobre Marina

Marina está entre os candidatos sem “nódoa” e ter as “melhores propostas econômicas

28/09/2018 às 10h32 Atualizada em 29/09/2018 às 14h05
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Amazonas1
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Reprodução
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O prefeito  de Manaus, Arthur Neto (PSDB), informou, em entrevista à Folha de S. Paulo, que irá declarar voto para a candidata à Presidência da República, Marina Silva (REDE), durante a visita dela à capital, nesta sexta-feira, 28, por entender que Marina está entre os candidatos sem “nódoa” e ter as “melhores propostas econômicas”.

Neste mês, Arthur disse ser contrário ao candidato a presidente de seu partido, Geraldo Alckmin, e o acusou de ser “inimigo” da Zona Franca de Manaus. “Em 2006, ficamos fazendo palanque para ele aqui. E ele nos traiu, entrou com medida contra a Zona Franca  depois de falar que iria defendê-la. Não leva o meu voto, não leva o (voto) dos amazonenses”, afirmou.

Em entrevista à Folha, o prefeito faz uma avaliação diferente da candidata a presidente da REDE. “Vou votar numa pessoa de bem, séria, que tem propostas econômicas palatáveis. Fiz opção por uma pessoa que é completamente limpa, sobre a qual não pesa nodoa, que fala o que pensa. É uma pena que as pesquisas não registrem este valor dela”, disse.

As pesquisas de intenção de voto excluem Marina Silva do segundo turno das eleições. No último levantamento do Ibope feito no Amazonas, ela teve desempenho acima da média nacional (6%), com 10% das intenções de voto. A candidata da Rede esteve na capital em abril deste ano, durante a sua pré-campanha, e defendeu o fortalecimento da Zona Franca como meio de geração de renda e preservação da floresta.

Leia a matéria da Folha de S. Paulo

Por Daniel Carvalho Gustavo Uribe.

Rompido com Geraldo Alckmin, presidenciável de seu partido, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), decidiu apoiar a candidatura de Marina Silva (Rede) ao Palácio do Planalto. O anúncio oficial será feito na tarde desta sexta-feira (28).

Marina vai à capital do Amazonas sob o pretexto de cumprir agenda de campanha, antecipada para o fim desta semana por causa da manifestação de Virgílio.

“Amanhã [sexta] vou receber institucionalmente e vou declarar meu voto para presidente na Marina. Vou apoiá-la”, afirmou Arthur Virgílio à Folha.

“Não sou de acordo com a candidatura do meu partido nem vou fazer um voto tresloucado. Vou votar numa pessoa de bem, séria, que tem propostas econômicas palatáveis. Fiz opção por uma pessoa que é completamente limpa, sobre a qual não pesa nodoa, que fala o que pensa. É uma pena que as pesquisas não registrem este valor dela”, disse o tucano.

O prefeito de Manaus nunca esteve de fato na campanha de Alckmin. Ele, inclusive, quis disputar prévias do PSDB com o ex-governador de São Paulo para a sucessão presidencial, mas acabou desistindo sob alegação de desigualdade de condições para o enfrentamento interno.

Arthur Virgílio disse não temer nenhum tipo de retaliação da sigla que integra.

“Primeiro, sou independente, sou dissidente da candidatura do Geraldo Alckmin. Sempre soube que isso aí não ia dar em nada. Sempre fui mal tratado. No final, queriam à fórceps obter apoio aqui. Eu disse ‘não tem, as pessoas aqui não gostam do Geraldo’. Não estou cometendo crime nenhum. Estou fazendo às claras o que a maioria dos apoiadores do Geraldo está fazendo às escuras”, afirmou.

Integrantes da campanha de Marina confirmaram o apoio do prefeito de Manaus.

A manifestação de Virgílio acontece em um momento delicado da campanha de Alckmin. O tucano não consegue decolar nas pesquisas de intenção de voto e passou a ser alvo de críticas públicas de aliados.

Segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira (26), Alckmin e Marina aparecem tecnicamente empatados na margem de erro. Ele tem 8% e ela, 6%. Na mesma pesquisa, Jair Bolsonaro (PSL) aparece com 27%; Fernando Haddad (PT), 21%; e Ciro Gomes (PDT), 12%.

O resultado do levantamento, realizado entre os dias 22 e 24, é semelhante à pesquisa Ibope anterior, realizada nos dias 22 e 23. Bolsonaro tinha 28%; Haddad tinha 22%; e Ciro, 11%. Nas duas pesquisas, Alckmin se manteve nos 8%. Já Marina passou de 5% para 6%.

Em entrevista à Folha, outro tucano, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PB), fez críticas à campanha de Alckmin. Apesar de dizer que continua trabalhando pela eleição do correligionário, Cunha Lima afirmou que Jair Bolsonaro conseguiu se mostrar uma alternativa anti-PT com mais competência que Geraldo Alckmin.

Em Minas Gerais, o deputado Marcos Montes (PSD), vice na chapa de Antonio Anastasia (PSDB) ao governo do estado, afirmou a apoiadores que defendeu junto ao tucano “dar as mãos ao candidato Bolsonaro” no momento em que ficar claro que Alckmin não vai chegar ao segundo turno.

Aliados de Alckmin, no entanto, tentam sustentar o discurso oficial de que acreditam numa reversão dos números das pesquisas na reta final da campanha. A eleição é no dia 7 de outubro.

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