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Deputado propõe emenda à Bíblia para retirar trechos considerados homofóbicos

17/06/2016 às 15h18 Atualizada em 17/06/2016 às 15h27
Por: Portal Holofote Fonte: Revista Veja
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Foto: Reprodução/Google Imagens
Foto: Reprodução/Google Imagens

Jean Wyllys, conhecido como deputado federal do PSOL, apresentou um projeto que defende alterações à bíblia sagrada cristã, eliminando as partes que considera serem de cariz homofóbico.
Antes que o deputado tivesse a possibilidade de avançar com a sua apresentação, essa temática causou, simultaneamente, furor e indignação na bancada, levando os deputados evangélicos a tentar convencer a mesa da Casa legislativa, a rejeitá-la de imediato.
Entretanto, o deputado federal do PSOL, se adiantou à polêmica e ocupou a tribuna, dirigindo-se à assembleia. Wyllys disse estar consciente da polêmica que o seu projeto iria causar e que os seus protagonistas seriam os fundamentalistas religiosos. Ele deu o exemplo de um livro do Monteiro Lobato, em que foi eliminado um comentário racista, e questionou sobre o porquê de não se fazer o mesmo com o livro sagrado da bíblia.
Embora seja polêmica, a proposta não especifica quais as partes que seriam supostamente eliminadas. Para tal, seria criada uma comissão de notáveis, que avaliaria os textos sagrados, de acordo com diferentes parâmetros e decidiria quais os trechos homofóbicos que seriam retirados. A ideia é que essa comissão seja formada por teólogos especialistas em pederastia e, o parlamentar Wyllys, diz já ter vários nomes para apresentar.
Já em 2011, foi determinada pela justiça a remoção de vários outdoors, em Ribeirão Preto, nos quais surgiam pequenos trechos citando a bíblia e que foram considerados ofensivos para a comunidade gay e lésbica. Essas frases bíblicas repudiantes foram colocadas nos outdoors pela Casa de Oração, em vésperas da 7a Parada do Orgulho LGBT, causando revolta em grupos gays daquela cidade. Em caso de incumprimento, foi determinada a multa diária de 10 mil reais, no caso de a Casa de Oração não cumprir com a ordem do tribunal. A Casa de Oração alegou que o objetivo seria o de divulgar o que Deus diz acerca da homossexualidade.
Assim, a proposta de Jean Wyllys seguirá o seu percurso normal. Caso ela seja aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ – um dos órgãos mais importantes no sistema governativo brasileiro, por onde qualquer proposição necessita de passar, para que seja ou não posta em vigor), prosseguirá para plenário e, posteriormente, ficará sujeita a uma votação em dois turnos.
Caso seja aprovada em plenário, passará para a jurisdição do Senado, onde estará sujeita a mais uma votação de dois turnos. Se aprovada no Senado, a proposta passa a estar em vigor e os trechos serão excluídos da bíblia. É importante referir que neste tipo de votação, a Presidente Dilma nunca poderá sancionar a sua aprovação.

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