De acordo com o site da Polícia Civil do Amazonas, o Estado contabiliza, atualmente, 187 foragidos da Justiça, sendo 22 deles, detentos que, em maio deste ano, deixaram o Centro de Detenção Provisória Masculina II, por um túnel cavado próximo ao pavilhão 5 da unidade, sem que as autoridades percebessem.
O complexo está sob a responsabilidade da Secretaria de Estado de Administração Penitenciário (Seap).
Com os criminosos nas ruas, a população teme que a criminalidade ganhe força, considerando que o Estado vem passando por uma onda de homicídios, assaltos e estupros, que vem sendo noticiada pela mídia nacional e tem gerado insegurança entre os cidadãos.
A última fuga registrada no sistema carcerário ocorreu já durante a gestão do governador e candidato à reeleição, Amazonino Mendes (PDT), cuja promessa de campanha era "arrumar a casa".
Dos 39 presos que deixaram o local, apenas 13 foram recapturados, o último deles, há quatro dias.
O CDPM II, que fica na BR-174 (Manaus - Boa Vista), é uma unidade gerida pela Umanizzare, desde 2013, e abriga presos que aguardam por julgamento. A empresa teve os contratos milionários renovados na gestão de Amazonino Mendes (PDT), contrariando recomendação do Ministério Público de Contas (MPC).
A Umanizzare ficou conhecida nacionalmente após o massacre ocorrido em janeiro de 2017, considerado o maior já registrado no sistema prisional do Amazonas e um dos maiores do país, o qual resultou na morte de 64 presos e 225 fugas, após uma briga entre facções criminosas que comandam o tráfico de drogas no Estado. À época, a empresa já era responsável pela gestão das unidades do sistema prisional.
Alguns meses depois, a Umanizzare, que Amazonino chegou a chamar de `empresa fantasma`, teve seus contratos renovados, já na sua administração.
De acordo com os termos aditivos publicados pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), no Diário Oficial do Estado (DOE), os contratos 20/2013, 02/2014, 03/2014 e 18/2014 somam R$ 84,5 milhões.
Após a renovação, o Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) pediu que a Seap informasse os motivos, já que diversos órgãos de fiscalização, recomendaram o fim do vínculos entre a empresa e o Estado.
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