O prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, participou como palestrante da Semana Acadêmica de Administração da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), na noite desta quarta-feira, 16/5, abordando o tema “Plano Diretor de Manaus” e outras questões relevantes à cidade.
Com o auditório Rio Amazonas lotado, o prefeito destacou a importância de se discutir o Plano Diretor para se entender a lei de ocupação do uso do solo na cidade. Porém, abordou outros temas relevantes à cidade e ao contexto atual do Estado e do país.
“Falei sobre o plano diretor e também falei sobre particularidades de minhas três gestões, pois muitas vezes há um choque entre realidades e o que está escrito no Plano. E falei, óbvio, sobre nossa economia, pois aqui temos futuros contabilistas, administradores e economistas. Fiquei muito à vontade para conversar com eles sobre esses temas”, disse o prefeito.
Durante sua fala, Arthur convidou o diretor presidente do Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), Cláudio Guenka, para falar sobre alguns pontos do plano em vigor. O prefeito esclareceu que a cidade de Manaus passou por três grandes momentos em que foram criados planos que visaram a organização da cidade.
“O prefeito Paulo Pinto Nery fez um Plano Diretor, depois o prefeito Alfredo Nascimento fez outro, que durou de 2002 até 2014, ano em que passou a vigorar o nosso. Cada um representou um avanço em relação ao outro”, explicou Virgílio.
Ainda segundo o prefeito, o Plano Diretor é muito importante para combater a discrepância de realidades sociais. Ele citou as manipulações dos menos favorecidos que resultam em invasões, porém com outros intuitos.
“Existe uma diferença entre o que o nosso plano diretor determina e muitas realidades na nossa cidade, a exemplo de invasões como a que se intitulou Cidade das Luzes, que foi um crime ambiental sem tamanho, onde quem organizava era uma falange do tráfico de drogas que atua na cidade e deu muito trabalho ao Estado e ao Município para desmontá-la ”, exemplificou o prefeito.
Matriz econômica
Ao final da palestra, o Arthur Neto fez um panorama econômico da cidade e da administração pública municipal e enumerou as necessidades de investimentos em capital intelectual, hidrovias e novas tecnologias citando a importância de reerguer o Centro de Biotecnologia.
“Quando vejo a Zona Franca sofrendo desse jeito, uma vez que não nos qualificamos para mudar esse cenário, me pergunto se vamos encontrar alternativas para sobreviver sem depender dela. Precisamos investir em biodiversidade, na produção de fármacos, cosméticos e produtos para vendermos para o mundo. Temos que nos preparar para esse futuro exigente”, finalizou o prefeito.
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