O médico Gustavo Machado, acusado de agredir com tapas e socos a companheira Glenda Oliveira, 25, se apresentou no fim da tarde desta terça-feira (19) com um advogado e prestou o primeiro depoimento sobre o fato na Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), na Zona Centro-Sul de Manaus. A informação foi confirmada pela delegada titular, Débora Mafra.
O conteúdo do depoimento não foi revelado. Segundo a delegada, o médico foi indiciado por lesão corporal e injúria. Mafra revelou também que o barqueiro que transportou os dois do flutuante Nativos, no bairro Tarumã-Açu, na orla oeste da capital, também já foi ouvido. A testemunha confirmou o espancamento e chegou a pedir que o médico cessasse as agressões, mas não conseguiu.
Segundo a delegada, o barqueiro relatou que o médico iria embora sozinho e que não queria a companhia de Glenda na lancha. Porém, a mesma entrou e em alguma parte da viagem, conforme o depoimento da testemunha, puxou a blusa do companheiro, dando início nas agressões e também nos xingamentos.
“O barqueiro disse depois que ela puxou a blusa dele, ele começou a agredi-la com tapas e socos em todo o corpo, então ela se jogou na água, dizendo que não iria morrer”, explicou Mafra. O barqueiro relatou ainda que outro barco deu ajuda para a vítima, porém ao entrar na lancha foi espancada novamente pelo médico.
De acordo com Mafra, o médico se apresentou com um advogado no fim da tarde – dois dias depois das agressões – porém, até a publicação desta matéria, ele ainda estava sendo ouvido pela equipe plantonista da DECCM. Glenda Oliveira deve começar a receber visitas da Ronda Maria da Penha.
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