Um comunicado conjunto emitido há pouco por Brasil e Estados Unidos deixa claro que Donald Trump apoia o pleito brasileiro de entrada na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Mas também mostra que esse aval não saiu de graça: segundo o documento, o presidente Bolsonaro também concordou em "começar a renunciar" ao status de emergente na Organização Mundial do Comércio (OMC).
"O presidente Trump demonstrou seu apoio ao procedimento de acessão do Brasil para tornar-se um membro pleno da OCDE. Em consonância com esse status de liderança global, o presidente Bolsonaro concordou que o Brasil começará a renunciar ao tratamento especial e diferenciado nas negociações da OMC, em linha com a proposta dos Estados Unidos", diz o comunicado.
Mais cedo, um integrante da comitiva brasileira havia dito que o governo não queria esse tipo de barganha. Tratava-se, segundo ele, de uma insistência do chefe do USTR (unidade de representação comercial da Casa Branca), Robert Lighthizer, e do secretário de Comércio, Wilbur Ross.
Lighthizer, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, relatou mais cedo , defendeu que o país que entra para a OCDE já é uma economia madura, portanto, tem que sair do grupo que tem tratamento diferenciado da OMC.
O comunicado também menciona que "os dois líderes concordaram em construir uma Parceria para Prosperidade, para aumentar empregos e reduzir barreiras ao comércio e ao investimento". Nesse sentido, os presidentes decidiram "incrementar o trabalho da Comissão para Relações Econômicas e de Comércio Brasil-EUA, criada sob o Acordo de Comércio e Cooperação Econômica, para explorar novas iniciativas a fim de facilitar os investimentos no comércio e boas práticas regulatórias".
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