A polícia holandesa prendeu na tarde desta segunda-feira um homem de origem turca suspeito de envolvimento no ataque em Utrecht , que deixou três mortos e nove feridos. O suspeito foi identificado pela polícia como Gokmen Tanis, de 37 anos. O ataque aconteceu por volta das 10h45 do horário local (06h45 de Brasília) na linha de uma estação de bonde dos arredores da cidade. Autoridades acreditam que haja motivações terroristas .
"O principal suspeito foi detido", disse a cidade de Utrecht em seu perfil oficial no Twitter.
O pai do suspeito disse que quer que seu filho seja punido se realmente for o autor do ataque, informou a agência de notícias turca DHA. Não está claro se o suspeito agiu sozinho.
— Se foi ele, deve ser punido — disse à DHA Mehmet Tanis, pai de Gokmen Tanis. — Não existe diálogo, não tenho contato com meu filho há 11 anos. Não nos falamos desde 2008. Ele não tinha uma atitude agressiva, mas faz 11 anos desde então. O que aconteceu, o que ele viveu? Eu não sei.
De acordo com a imprensa turca, a família de Gokmen Tanis é de Yozgat, no centro da Turquia. Mehmet Tanis disse à DHA que ele retornou à Turquia em 2008 depois de se divorciar de sua esposa, que ficou com seu filho Gokmen na Holanda, para onde haviam emigrado juntos. Ele se casou novamente e agora mora na província de Kayseri, no centro da Turquia.
Mais cedo, um cordão de isolamento foi montado na Praça 24 de Outubro, onde fica a estação de um VLT (veículo leve sobre trilhos) onde ocorreu o ataque. Serviços de emergência e helicópteros foram ao local, incluindo membros da unidade antiterror.
Uma testemunha relatou à NOS News ter visto uma mulher sair do VLT correndo, com sangue nas mãos e nas roupas antes de cair no chão.
— Eu a levei para o meu carro e a ajudei. Quando a polícia chegou, ela estava inconsciente — disse.
O premier da Holanda, Mark Rutte, informou que um gabinete de crise foi montado para lidar com o caso. Ele expressou "profunda preocupação" em relação ao ataque.
— Um ato de terrorismo é um ataque à nossa civilização, à nossa sociedade tolerante e aberta. Nosso estado de direito e nossa democracia são mais fortes do que o fanatismo e a violência — disse Rutte a jornalistas. — Não vamos ceder à intolerância jamais.
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