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Bolsonaro para Guaidó: 'Já te chamo de irmão'

Presidente brasileiro disse que apoia o Grupo de Lima

28/02/2019 às 15h08
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Dia
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Reprodução
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 O presidente brasileiro disse em pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto que já considera o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, um irmão. "Deus é brasileiro e venezuelano", disse Bolsonaro, que disse que não poupará esforços para restabelecer a democracia na Venezuela.

Após ter feito seu pronunciamento, o presidente brasileiro não participou da entrevista coletiva com o auto-proclamado presidente da Venezuela. Apenas Guaidó fala com os jornalistas. Ele é reconhecido como presidente interino por mais de cinquenta países, inclusive pelo Brasil.

Os dois se reuniram por cerca de 50 minutos na tarde desta quinta-feira em Brasília.

Em seu discurso, Bolsonaro fez críticas ao governo de Nicolás Maduro, que acusou de fazer 'demagogia barata': "Gosta tanto de pobre que acabou multiplicando-os", declarou.

O presidente brasileiro acrescentou que apóia tudo o que for deliberado pelo Grupo de Lima, desde que esteja no âmbito da democracia e da Constituição brasileira.

Guaidó agradeceu em nome do povo venezuelano a reunião com Bolsonaro que, segundo ele, marca um rito importante na história da região. “Marca um relacionamento positivo entre Venezuela, Brasil e a região após a cúpula histórica do Grupo de Lima, em Bogotá”, disse o venezuelano.

Ele chegou ao Palácio do Planalto às 13h50, acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e passou pelo tapete vermelho estendido em uma das portarias laterais do edifício principal. Os Dragões da Independência fizeram as honras na entrada.

Apesar de o Brasil reconhecer Guaidó como presidente interino da Venezuela, o encontro não é considerado uma visita de Estado, mas acontece no gabinete de Bolsonaro. O também presidente da Assembleia Nacional da Venezuela ainda deve se encontrar com o presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Guaidó chegou ao Brasil na madrugada desta quinta-feira (28). Por meio de sua conta pessoal no Twitter, ele disse que veio ao Brasil em busca de apoio para a transição de governo na Venezuela. Antes do encontro com Bolsonaro, ele esteve com representantes diplomáticos de outros países no escritório da delegação da União Europeia, em Brasília.

“Em nosso encontro com os embaixadores dos países da União Europeia, continuamos a fortalecer as relações com nações que reconheceram nossos esforços para recuperar a democracia na Venezuela e obter eleições livres”, escreveu. “Apreciamos o forte apoio internacional dado à nossa rota e apoio à ajuda humanitária. É hora de avançar para conseguir a cessação da usurpação que porá fim à crise na Venezuela, recuperará nosso país e estabilizará a região”, completou.

Mais cedo, também pelo Twitter, o ministro Ernesto Araújo disse que a diplomacia brasileira continua com seu "apoio irreversível e incondicional à libertação" do país vizinho.

No mês passado, o Tribunal Supremo de Justiça proibiu Guaidó de deixar a Venezuela e congelou suas contas. A Corte atendeu a um pedido do procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, aliado do presidente Nicolás Maduro. Apesar da decisão judicial, o presidente interino foi à Colômbia para articular a entrega de ajuda humanitária na fronteira e participar do encontro do Grupo de Lima, em Bogotá. Mesmo correndo risco de ser preso, ele prometeu retornar à Venezuela, em breve.

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