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Guaidó pede que Grupo de Lima considere 'todos os cenários possíveis' para Venezuela

EUA querem aperto do cerco financeiro contra Maduro

25/02/2019 às 16h07
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Divulgação
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 Na reunião entre presidentes e vice-presidentes dos países do Grupo de Lima , o autoproclamado presidente interino da Venezuela , JuanGuaidó , disse que é preciso usar "todos os cenários internacionais possíveis" para restabelecer a democracia e retirar NicolásMaduro do poder. O mesmo tom foi usado pelo vice-presidente americano, Mike Pence , que participa do encontro em Bogotá , embora os Estados Unidos não façam parte do grupo. Ele pediu que os 14 países das Américas presentes estreitem o cerco financeiro contra o Palácio de Miraflores.

Guaidó começou o seu discurso pedindo um minuto de silêncio aos presentes por conta da violência vista no último sábado, quando houve confrontos nas fronteiras de Brasil e Colômbia, por onde tentaram entrar na Venezuela caminhões com carregamentos de ajuda internacional. Fez um apelo por ações da comunidade internacional, sem falar abertamente em intervenção militar.

— É o momento de toda a região atuar e seguir construindo capacidades, com todos os cenários internacionais possíveis, em respeito à Constituição venezuelana, toda a força para fazer com que cesse essa situação dramática no nosso país — afirmou o venezuelano, sentado ao lado de Pence.

Por sua vez, o vice americano disse que Washington espera "uma transição pacífica em direção à democracia" e voltou a fazer uma referência indireta à possibilidade de uma intervenção militar. Além disso, pediu que os membros do Grupo de Lima bloqueiem os ativos da petroleira venezuelana e os transfiram à liderança de Guaidó e que restrinjam a entrega de vistos ao círculo próximo a Maduro.

— O presidente Donald Trump já deixou claro: todas as opções estão sobre a mesa — disse Pence.

Anfitrião do evento, o presidente da Colômbia, Iván Duque, por sua vez, deu o tom do que deve ser o comunicado do grupo, de que é preciso aumentar o cerco diplomático ao regime de Maduro.

— Esperamos da reunião não só que sigamos fortalecendo o cerco diplomático, mas também sanções ao ditador que deem maior legitimidade e poderio ao presidente encarregado, que os ativos que a Venezuela tem em nossos países sejam considerados sob controle da Assembleia Nacional. Devemos também fazer um chamado à Organização dos Estados Americanos (OEA) para que adotem as sanções pertinentes pelo ocorrido neste fim de semana e convidar o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) a contribuir para articular o plano de recuperação da Venezuela quando terminar a ditadura —  afirmou Duque.

O número de militares desertores que chegaram ao território colombiano já é de 167, de acordo com o governo de Bogotá, que se somam a outros sete que fugiram a Pacaraima, em Roraima. Segundo Duque, o alto número mostra que a ditadura na Venezuela "está quebrada por dentro".

—  O cerco diplomático alcançado por nós é irreversível. Hoje devemos fazer um chamado para que se ative o efeito dominó por parte das forças armadas e para que todo o povo da Venezuela tenha o restabelecimento da ordem.

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