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Maduro prepara manifestações a seu favor contra ações internacionais

Tropas e blindados foram deslocados para a cidade de Santa Helena de Uairén, a 15 km de Pacaraima, em Roraima.

22/02/2019 às 10h03
Por: Daniel Lima Fonte: Veja
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Federico Parra/AFP
Federico Parra/AFP

O regime de Nicolás Maduro anunciou nesta quinta-feira, 21, o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil, em Roraima, por tempo indefinido, segundo o jornal El Universo. O espaço aéreo do país também foi suspenso, por determinação do Instituto Nacional de Aeronáutica Civil. A decisão de Caracas é uma resposta à operação de ajuda humanitária do governo brasileiro aos venezuelanos, a partir de Pacaraima.

Na quarta-feira 20, a Força Armada Nacional Bolivariana (FANB) deslocara militares e blindados para Santa Helena de Uairén, a 15 quilômetros de Pacaraima. Caminhões carregando tanques passaram diante da fronteira com o Brasil, conforme postou no Twitter o deputado oposicionista Américo De Grazia.

Questionado sobre essa movimentação da FANB na fronteira com o Brasil, o Itamaraty ainda não se pronunciou.

Na terça-feira 19, o Palácio do Planalto anunciara o deslocamento de ajuda humanitária brasileira para Pacaraima (RR), de onde seria conduzida em caminhões dirigidos por cidadãos venezuelanos ao país vizinho. Na ocasião, o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, não confirmou se os Estados Unidos poderiam se valer da fronteira em Roraima para enviar sua ajuda aos venezuelanos.

Uma comissão interministerial liderada pelo Itamaraty foi responsabilizada pela operação. O anúncio do governo brasileiro deu-se quase simultaneamente à declaração da FANB de que estará “alerta” para evitar a violação do território venezuelano, com o ingresso de ajuda humanitária.

O regime de Maduro já fechou as fronteiras com a Colômbia e com as ilhas holandesas no Caribe para impedir o ingresso de alimentos e remédios para os venezuelanos. Amparado na lealdade dos militares, o presidente da Venezuela considera esses carregamentos como pretextos para uma invasão do país pelas forças dos Estados Unidos.

A atitude do Palácio de Miraflores, sede da presidência venezuelana, desafia o chamado feito pelo líder oposicionista Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino da Venezuela, pelo envio de ajuda internacional ao país, mergulhado em recessão, hiperinflação e desabastecimento há anos.

Guaidó definiu o sábado, 23, como o dia de ingresso dos carregamentos pelas fronteiras com o Brasil, Colômbia e Curaçao. Também convocou o show internacional “Ayuda Venezuela” em Cúcuta, cidade colombiana na divisa, na sexta-feira, 22, para motivar a coleta de doações para os venezuelanos.

Maduro, porém, fará shows nos dias 22 e 23 a poucos quilômetros dali, do lado da Venezuela. Em desafio à Colômbia e aos Estados Unidos, enviou nesta quinta-feira 11 caminhões de alimentos para a população carente de Cúcuta, onde a ajuda americana para a Venezuela está armazenada.

O risco de violência nesse divisa é considerado alto. A pressão do governo dos Estados Unidos sobre o regime de Maduro têm aumentado paulatinamente, por meio de sanções e declarações de autoridades. reunidos em Miami na quarta-feira, os comandantes militares dos Estados Unidos e da Colômbia advertiram os militares venezuelanos a permitirem a entrada de ajuda humanitária no país no sábado.

“Esta mensagem é para os militares venezuelanos: vocês serão responsabilizados por suas ações. Façam a coisa certa. Salvem as pessoas em seu país”, disse o almirante Craig Faller, chefe do Comando Sul das Forças Armadas americanas, ao lado do general Luis Navarro Jimenez, comandante geral das Forças Militares da Colômbia.

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