Uma quadrilha de 15 pessoas foi presa durante a operação “Estelião” entre sexta-feira (15) e segunda-feira (18) em Manaus. Segundo a Polícia Civil, os suspeitos utilizavam documentos falsos para alugar carros em locadoras e, posteriormente, revender os veículos a facções criminosas ligadas ao tráfico de drogas. A corporação afirmou ainda que alguns dos carros chegavam a transportar entorpecentes para outros estados.
De acordo com o delegado Cícero Túlio, da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos (DERFV), a investigação em torno da quadrilha começou há seis meses. A polícia passou a fazer levantamentos de como eles agiam e quem fazia parte do grupo.
“Eles se dividiam em três núcleos. O administrativo, responsável por ações da quadrilha. O operacional que alugava os veículos e o financeiro, que emitia cartões de crédito, fazia empréstimos e documentações falsas”, disse o delegado.
Conforme Túlio, um gerente de um banco fazia parte da quadrilha e foi preso. Ele passava informações sigilosas do sistema do banco para que os demais suspeitos fizessem documentos falsos.
“Uma parte da quadrilha atuava em setores de achados e perdidos de instituições públicas e privadas. Eles furtavam identidades e checavam informações junto ao gerente do banco, que passava o potencial financeiro. Com base nisto, as identidades eram falsificadas, onde eram inseridas as informações específicas do sistema do banco”, explicou o delegado.
Os documentos falsos facilitavam a emissão de cartões de crédito que a quadrilha utilizava para alugar os carros em cerca de seis locadoras de veículos da cidade, segundo o delegado. Eles então revendiam os carros para outros estados, com preços abaixo do mercado, e até enviavam quantidades de drogas para organizações criminosas dentro dos veículos.
Os suspeitos devem responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e falsificação de documento público. Após os procedimentos cabíveis na delegacia, eles devem ser encaminhados para unidades prisionais na capital.
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