Três homens foram presos nesta segunda-feira (18) em zonas distintas de Manaus por suspeita de furto a uma residência no bairro Tarumã, na Zona Oeste da capital no último domingo (17). Segundo a Polícia Civil, um dos presos é especialista em roubo há quase 40 anos e também era "comparsa" de um integrante de uma organização criminosa que atua na capital e foi assassinado no massacre Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj).
De acordo com o titular da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (Derfd), Guilherme Torres, a polícia iniciou as buscas aos suspeitos após uma análise nas câmeras de segurança que foram instaladas na residência. Por meio das imagens, foi possível identificar o suspeito Francimar do Nascimento Elias, de 61 anos. O homem já possui diversos processos criminais por roubo.
"O principal é o Francimar. Ele tem uma carreira de quase 40 anos no crime. Possui dez anotações criminais desde 1980: são cinco processos ativos atualmente, inclusive uma condenação por roubo. Já chegou a roubar valores em espécie de R$ 1 milhão e meio. Por essa carreira, ele se tornou especialista. Não vai em qualquer lugar, ele estuda o ambiente, verifica e comete os crimes", explicou o delegado.
Além disso, Torres afirmou que o suspeito é apontado pela polícia como comparsa de um integrante de uma organização criminosa que foi assassinado em 2017 no massacre do Compaj.
"O Fracimar respondeu alguns processos com um elemento conhecido como 'Velho Sabá', que era integrante de uma facção criminosa, atuante de uma milícia na cidade das Luzes e que morreu na rebelião do Compaj. Inclusive, foi o primeiro a morrer porque era uma das lideranças", relatou.
Ainda conforme o delegado, os outros dois suspeitos que foram presos (Humberto Mendes da Silva, 26, e o colombiano Wbeimar Alexander Hernandez, 41) seriam apenas receptadores. No dia do furto à residência, Francimar e outro suspeito - que está foragido - levaram da residência diversas joias, relógios e uma quantia de R$ 6 mil do local.
O delegado adjunto da Derfd, Demetrius Queiroz, relatou que por meio da prisão de Francimar foi possível localizar os demais suspeitos que apenas receberam o material furtado.
"Por meio da tornozeleira eletrônica do Francimar conseguimos rastrear e capturar em casa. Ele confessou com quem estava os materiais, fizemos outras diligências pelo Centro da cidade para recuperar a parte do ouro e pegar o Humberto por receptação aos relógios", afirmou o delegado,
Francimar foi preso em flagrante por furto qualificado. Os outros dois suspeitos irão responder por receptação qualificada. Após os procedimentos cabíveis na unidade policial, eles serão encaminhados para audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch Reis, na Zona Sul da capital.
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