O governador Wilson Lima (PSC) anunciou que vai buscar R$ 859 milhões em empréstimos nacionais e externos para cobrir o rombo da saúde do Estado.
A operação prevê tomadas de crédito de R$ 300 milhões em bancos públicos como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil e US$ 150 milhões (R$ 559 milhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) ou Bando Mundial (Bird).
O anúncio foi feito no início da tarde desta segunda-feira, dia 18, em coletiva de imprensa, na sede do governo.
Além da contração de um novo empréstimo, o governo ainda prevê lançar mão de R$ 350 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Turismo e do Interior (FTI), que é composto por verbas de empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) para financiar prefeituras e a Universidade do Estado do Amazonas (UEA).
O montante corresponde a 40% do orçamento anual fundo e deve ser o grande embaraço político que Wilson Lima terá para obter o aval da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM).
É que a operação precisa de análise do parlamento, onde deputados já se posicionaram contra a mexida, com alegação de que a medida irá tirar receitas das já falidas prefeituras.
Contra uma eventual derrota nessa discussão, Wilson, hoje, apareceu na coletiva mostrando apoio político da Assembleia, já que chegou ao local da entrevista acompanhado de dois terços dos 24 deputados que compõem a Casa.
O número é simbólico porque significa dizer que o governo terá votação qualificada para avançar com seu projeto na ALE-AM.
Royalties
Outra medida anunciada por Wilson Lima prevê a antecipação de créditos de royalties devidos ao Amazonas pelo governo federal.
Além disso, disse que pretende fazer receitas com um plano de austeridade que pretende divulgar em 20 dias.
As medidas, pelas estimativas dele, podem render uma economia mensal de até R$ 50 milhões.
Outra forma de tentar cobrir o rombo da saúde, segundo ele, será obter recursos por meio do crescimento real da receita administrada, que, teve crescimento no começo deste ano, conforme anunciou na entrevista.
Rombo
O rombo financeiro da saúde do Amazonas é estimado em R$ 2,2 bilhões, sendo R$ 1,1 bilhão em dívidas consolidadas e cerca de R$ 1,5 bilhão em déficit orçamentário.
Essa diferença de R$ 400 milhões é atribuída a este cálculo porque a previsão orçamentária anual do Estado é de R$ 2,4 bilhões, mas com saldo negativo para cobrir as despesas das unidades médicas do Amazonas.
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