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Bolsonaro e Macri condenam governo de Maduro: 'É um ditador'

Presidente argentino afirma que Legislativo é 'única instituição legítima' na Venezuela

16/01/2019 às 14h37
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Globo
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Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro e o seu homólogo argentino, Mauricio Macri, condenaram nesta quarta-feira o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, que classificaram como uma ditadura. Durante encontro entre os dois chefes de Estado em Brasília, ambos repudiaram a gestão de Maduro, que tomou posse na semana passada após uma eleição questionada por parte da comunidade internacional e pela Assembleia Nacional venezuelana.

A fala mais enfática foi a de Macri, que afirmou que considera a Assembleia Nacional a “única instituição legítima” do país vizinho.

— Compartilhamos da preocupação com os venezuelanos. Não aceitamos ditadura na democracia. A comunidade internacional já se deu conta. Maduro é um ditador que se perpetua no poder com eleições fictícias, encarcerando opositores. Reiteramos que reconhecemos a Assembleia Nacional como a única instituição legítima da Venezuela, eleita democraticamente — afirmou o líder argentino.

Desde que passou ao controle da oposição, em 2015, a Assembleia teve o seu poder questionado por Maduro. Em 2017, por meio de um decreto, o presidente transferiu o poder legislativo para a Assembleia Nacional Constituinte, que convocou naquele ano para esvaziar o poder do Legislativo.

Bolsonaro, que falou antes do visitante, também condenou o regime de Maduro.

— Estamos comprovando nossa convergência de posições e nossa identidade de valores. Com essa identidade que atuaremos conjuntamente na defesa da liberdade e da democracia na nossa região. Nossa cooperação na questão da Venezuela é o exemplo mais claro do momento. As conversas de hoje só fazem reforçar minha convicção de que o relacionamento entre Brasil e Argentina seguirá avançando no rumo certo, no rumo da democracia, da liberdade, da segurança e do desenvolvimento — disse o presidente brasileiro.

Após as falas dos presidentes, o novo ministro das Relações Exteriores da Argentina, Jorge Faurie, também analisou o cenário de crise na Venezuela:

— Brasil e Argentina concordam que a única via para resolver a crise da Venezuela é uma transição democrática. Estamos os dois países trabalhando e comprometidos. Os dois fizeram declarações muito claras de que o único órgão legitimamente constituído constitucionalmente dentro da Venezuela hoje é a Assembleia Nacional.

O ministro afirmou que Macri convidou Bolsonaro para ir a Argentina nos próximos meses.

Nicolás Maduro tomou posse no último dia 10, após uma vitória questionada por vizinhos latino-americanos, EUA e União Europeia. Este será o segundo mandato presidencial do venezuelano, herdeiro político de Hugo Chávez. Na semana anterior, 13 dos 14 membros do Grupo Lima, incluindo o Brasil e a Argentina, declararam não reconhecer a vitória de Maduro nas eleições de maio de 2018, boicotadas pela oposição e marcadas por alta abstenção e denúncias de fraude.

Nesta terça-feira, em medidas destinadas a esvaziar o poder de Nicolás Maduro e abrir caminho para um governo de transição, a Assembleia Nacional  declarou o mandatário usurpador da Presidência, medida que passa a considerar todos os seus atos de governo nulos, e aprovou uma anistia para militares e funcionários do governo que colaborarem com um governo de transição.

Ainda não se sabe quais serão os efeitos reais das ações do Parlamento, uma vez que as Forças Armadas, que são o principal esteio do poder de Maduro, permanecem leais a ele.

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