O juiz federal Marcelo Bretas, responsável pelos julgamentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, publicou no seu Twitter uma mensagem na qual pede paciência dos eleitores com os governantes recém-eleitos.
Sem citar o mandato de um político específico ou qualquer medida considerada polêmica, Bretas ressaltou que vários países ao redor do mundo "vêm mudando democraticamente a orientação de seus governos" e disse que "críticas prematuras são oportunistas".
A publicação de Bretas acontece no dia seguinte à postagem da advogada Rosângela Moro, mulher do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro. No Instagram, a advogada pediu a união e o fim das reclamações contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Na última semana, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, viu-se obrigado a desmentir que haveria aumento de impostos, após o próprio Bolsonaro dar a informação. Depois do episódio, o presidente pediu "coesão" dos ministros e, apesar de ter sido porta-voz de declarações desencontradas sobre importantes medidas econômicas do governo, determinou aos auxiliares uma espécie de lei do silêncio.
Relação com Bolsonaro gera polêmica
No último dia 1º, Bretas respondeu a um tuíte de Bolsonaro --o que gerou questionamentos de internautas. Na ocasião, o magistrado publicou um emoji com o símbolo de um aplauso ao compartilhar a publicação de Bolsonaro que dizia: "Nos vemos na posse, um grande abraço!".
Alguns internautas contestaram a interação de Bretas, lembrando que ele é responsável por processos que envolvem a condenação de políticos, como Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro.
Ainda no dia 1º, Bretas esteve no plenário da Câmara dos Deputados para acompanhar a posse de Bolsonaro.
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