Das 322 vagas disponibilizadas nos municípios e em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) para o Programa Mais Médicos (PMM) no Amazonas, ainda restam 227 a serem preenchidas. A maior falta de médicos ocorre nos distritos indígenas. Para o Conselho de Secretários Municipais de Saúde do Amazonas (Cosems-AM), o Estado pode ficar sem recursos federais nos próximos meses devido a falta de profissionais.
Sobre o cenário de déficit da saúde básica, o presidente do Cosems, Januário Neto, explicou que a categoria médica no País é, de forma geral, acomodada. “Recebemos muitos relatos que devido à distância dos municípios de centros urbanos, faltaria infraestrutura para a prática dos médicos, mas isso não é verdade. Para a medicina familiar é necessária apenas a orientação básica e alguns medicamentos”, defendeu.
Apenas quatro nomes de médicos brasileiros foram homologados nos sete DSEIs do Estado. Ele ainda disse que na época de trabalho dos médicos cubanos no Estado não havia ausência alguma de profissionais. “Eles preenchiam a maior parte das vagas, indo onde os brasileiros, por exemplo, não se apresentavam para trabalhar”, acrescentou.
No período de inscrição aberto pelo Ministério da Saúde (MS), 312 profissionais se inscreveram, porém apenas 95 se apresentaram nos municípios inscritos. O salário inicial do PMM é de aproximadamente R$ 12 mil.
Mín. ° Máx. °