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Com medo de expulsão, indígenas protestam na sede do Governo do AM

O grupo reivindica moradia no assentamento conhecido como Cemitério dos Índios

08/01/2019 às 12h57
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Reprodução
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Mais de 100 indígenas realizaram uma manifestação, na manhã desta terça-feira (8), em frente à sede do Governo do Estado do Amazonas, na avenida Brasil, bairro Compensa, Zona Oeste de Manaus. O grupo de várias etnias reivindica moradia em um assentamento de terra denominado "Cemitério dos Índios ".

Com flechas, lanças e caras pintadas, os manifestantes exigiam falar com o governador Wilson Lima. Durante o protesto, os indígenas bloquearam a avenida por algumas horas. A Polícia Militar foi acionada para o local.

De acordo com Lucy Ferreira, de 43 anos, da etinia Mundurucus, que mora no assentamento, localizado na avenida Curaçao, bairro Nova Cidade, Zona Norte, a área abriga mais de 180 famílias. Eles foram notificados no último dia 19 de dezembro de 2018 pela Justiça para desocuparem o terreno até o dia 18 de janeiro deste ano. O local seria uma área particular.

"O governador Wilson Lima foi até nós e disse que ninguém sairia do terreno. Só que no mês passado as famílias foram notificadas a deixarem o local nesse mês de janeiro. Não temos para onde ir nem como pagar aluguel. Estamos reivindicando apenas os nossos direitos como indígenas. Precisamos de moradia", concluiu.

O secretário da Casa Civil, o advogado Leandro Benavides, conversou com os representantes dos indígenas. Em seguida, o grupo seguiu para o interior do prédio do Governo. 

Após a reunião, o cacique identificado como Joel Apurinã e outros representantes da comunidade indígena se reuniram com os outros manifestantes.

À reportagem, ocacique Joel Apurinã disse que a reunião com o secretário da Casa Civil foi positiva. Segundo o representante da etinia Apurinã, o prazo da desocupação será discutida em outra reunião nesse mês de janeiro, ainda com data indefinida. 

"O secretário orientou para acionarmos a União e incluir o Estado para discutir a nossa moradia. O local ocupado será revisto e caso não seja possível as famílias ficarem no terreno, o governo ficou de realocar as famílias em outra área de terra. O Estado tem que entender que nos somos os donos dessa terra", concluiu.

A área discutida judicialmente é ocupada por 17 povos indígenas, entre elas Apurinã, Cambebas, Kokama, Mundurucus, Tucano, entre outros.

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