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Mães de bebês no Instituto da Mulher denunciam falta de profissionais

Em entrevista ao jornal, as mulheres narraram os momentos de aflição vividos na noite do dia 1º e madrugada desta quarta-feira (2)

02/01/2019 às 13h58
Por: Jéssyca Seixas Fonte: Em Tempo
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Divulgação
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 Três mães de bebês hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal no Instituto da Mulher Dona Lindú, no bairro Adrianópolis, Zona Centro-Sul de Manaus, denunciaram, na manhã desta quarta-feira (2), que na noite do dia 1º de janeiro deste ano houve redução no efetivo de funcionários na unidade de saúde. 

Segundo elas, apenas uma médica e uma técnica em enfermagem cuidou de aproximadamente 15 bebês prematuros, serviço que, conforme as denunciantes, é feito por aproximadamente 15 funcionários, entre médicos, enfermeiros e técnicos em enfermagem. 

A dona de casa Marília Garcia de Souza, de 23 anos, contou que há 18 dias, data em que a filha Lorena Souza nasceu, está na unidade acompanhando o tratamento da bebê prematura. Porém, a última noite de internação na unidade foi difícil. 

"Minha filha nasceu prematura de 30 semanas. O parto foi normal, mas tive ela no leito, porque enquanto eu reclamava de dores os médicos apenas receitavam dipirona. Depois que ela nasceu, fui levada às pressas para sala pós-parto, onde cortaram o cordão umbilical. Depois disso, ela está internada na UTI fazendo uso de antibióticos. Ontem foi um total desespero, porque não tinham profissionais suficientes para tantos bebês", revela a mulher. 

Marília explica que a bebê se alimenta com auxílio do banco de leite da maternidade e, por conta de uma alteração no hemograma (exame de sangue), a filha precisa tomar antibióticos várias vezes ao dia. 

"A medicação é mais ou menos a cada 4 horas. Na última noite eu e outras mães de bebês internados passamos um sufoco aqui. Procurávamos profissionais qualificados, mas a equipe médica estava ausente. Andávamos de setor em setor e havia apenas uma técnica em enfermagem e uma médica para dar conta de três repartições com bebês prematuros", denuncia a mulher.

Há dois meses acompanhando o bebê prematuro na UTI neonatal, uma dona de casa de 41 anos, que prefere não ter o nome divulgado, também confirmou a situação narrada por Marília. Ao Em Tempo, a mulher disse que a noite foi um caos. 

"As crianças ficaram sem atendimento. Depois de um tempo, vieram funcionários de outras empresas, mas eles não sabiam nem como usar as máquinas daqui. Era muito bebê chorando e passando mal. Meu bebê é prematuro de 28 semanas e não há previsão de alta médica. Eu temo que essa situação se repita hoje à noite", alerta a dona de casa.

Elizangela Ribeiro, que também passou pela mesma situação, diz que a filha nasceu de parto prematuro no sexto mês de gestação. E, por conta disso, faz uso de antibióticos e se alimenta a partir de leite entregue pelo banco de leite da unidade. 

"Ontem à noite não tinha nenhum funcionário no banco de leite da unidade. Minha filha se alimenta a cada três horas, porém na última noite isso não ocorreu", denuncia Elizangela.

A mulher diz que teme pela saúde da filha; "Ela já é debilitada, e ainda precisar passar por isso. Ela se alimentou com quase uma hora de atraso. Quem acompanha o tratamento ou entende do assunto sabe que esses bebês não podem passar fome. A única médica que ficou aqui, e estava responsável pelos três setores, não estava dando conta do serviço. Nós até entendemos ela, que procurou dar o seu melhor. Foi então que decidimos recorrer à imprensa, para que o caso não volte a se repetir", alerta Ribeiro. 

Susam

A reportagem procurou a assessoria da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam) e aguarda um posicionamento sobre a situação denunciada pelas três mulheres. 

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