Nas últimas semanas a capital do Amazonas - maior extensão em área verde do mundo - vem sofrendo constantemente com o registro de focos de incêndio em áreas metropolitanas. O fogo na vegetação tem consequentemente causado cortinas de fumaças quilométricas pelas zonas da cidade, contribuindo para problemas de respiração e até mesmo atrasos de voos no aeroporto por conta da invisibilidade aérea ocasionada pelo efeito.
A cena tem se tornado comum na cidade desde que o verão amazônico vem registrando recorde de altas temperaturas, o que junto com o clima seco, contribui para focos de queimadas na capital e na região metropolitana. Outro grande problema enfrentando são as queimadas urbanas que expandem ainda mais as zonas de calor.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) se posicionou sobre a situação e informou, nesta quarta-feira (21) que entre os dias 12 a 18 de novembro, o órgão de controle ambiental registrou por meio de monitoramento por satélite 132 focos de calor nos municípios da Região Metropolitana de Manaus (RMM).
O fiscalizador informou ainda que durante o período do feriado prolongado da Proclamação da República e Consciência Negra, fiscais do Ipaam mantiveram o trabalho de monitoramento de queimadas na Região Metropolitana dentro da Operação Cielo, em conjunto com o Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e Batalhão Ambiental.
Registros
Presidente Figueiredo (distante 107 quilômetros da capital) foi o município que mais contribuiu com focos de calor, registrando 25 casos.
Autazes (distante 113 quilômetros de Manaus) e Itacoatiara (distante 176 quilômetros) ficam consequentemente em segundo lugar apresentando 18 casos cada.
Acompanhe o ranking de áreas de calor no mês de novembro divulgado pelo órgão de controle ambiental:
Motivos
A exemplo do município de Presidente Figueiredo, o Ipaam destaca que além das altas temperaturas naturalmente registradas durante o verão amazônico, muitos desses pontos de calor também são ocasionados pela falta de responsabilidade da população em cometer o crime ambiental denominado queimadas urbanas.
“Nós estamos cada vez mais buscando soluções para lidar com o aumento de focos de calor, principalmente quando acontecem de forma natural. Mas ainda é um grande problema tentar controlar queimadas urbanas, situação onde a própria população ateia fogo na vegetação seca como forma de ‘se livrar’ do volume. Além de criminosa, a prática aumenta as estatísticas e contribui para o problema”, explicou a assessoria de comunicação do órgão.
No último sábado (17), o instituto ambiental registrou um caso de queimada urbana no município de Iranduba (distante 27 quilômetros da capital). Neste caso, fiscais do Ipaam apuraram que o foco teve início em uma área de mata às margens do rio Negro e se espalhou pela vegetação. O Corpo de Bombeiros foi acionado e controlou o fogo. O incidente também está sendo apurado.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) destacou ainda que todos os casos de queimadas estão sendo apurados pelas fiscalizações.
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