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PC vai pedir prisão de PMs e empresário envolvidos em morte no interior do AM

Vítima foi assassinada em via pública após ameaçar filho de empresário

14/11/2018 às 18h31
Por: Jéssyca Seixas Fonte: A Crítica
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Divulgação
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A Polícia Civil no município de Boa Vista de Ramos vai representar pela prisão preventiva de dois policiais militares, de um empresário e do irmão dele, que estão envolvidos em um homicídio que ocorreu na última segunda-feira (12), em via pública, na cidade distante 271 quilômetros de Manaus. O crime foi considerado como bárbaro porque dois suspeitos agrediram e torturam a vítima e os policiais não impediram o homicídio.

Os envolvidos foram identificados como o empresário Raimundo Nonato Xavier, o irmão dele Geraldo Flávio Xavier, além dos PMs cabo Alberto e sargento Viana. Cada um deles teve uma função específica na ocorrência.

O delegado de Maués, Jardel Oliveira, que também responde por Boa Vista do Ramos, explicou que a confusão iniciou após a vítima, Thiago Barbosa Ferreira, ter ameaçado o filho de Raimundo Xavier, que é um dos empresários mais fortes da cidade.

“Após essa ameaça, o irmão do empresário, o Flávio, e o cabo Alberto foram à casa da vítima por volta das 13h30 e iniciaram a sessão de tortura e agressões, além de algemarem o Thiago. Depois ele foi colocado em uma caminhonete e levado até certo ponto da cidade, onde posteriormente seria morto”, explicou Oliveira.

Segundo o delegado, embora a vítima tivesse participação em pequenos furtos, ser usuária de drogas e envolvida em várias confusões no município, não há justificativa para o que ocorreu. “Em nenhum momento houve o registro de um boletim de ocorrência para relatar a ameaça, afim de que as medidas cabíveis fossem tomadas. Eles agiram por conta própria”, destacou o delegado.

“Todo mundo viu”

Depois de ser “arrancado” de dentro da própria casa e colocado em um veículo, segundo as investigações da Polícia Civil, Thiago percebeu que seria assassinado e tentou pular da caminhonete, ainda algemado.

Ao sair do carro, ele se deparou com Raimundo, que atirou duas vezes contra ele. Um dos tiros acertou o maxilar e outro, o tórax. Os dois policiais presenciaram o assassinato, não impediram o crime e permitiram que Raimundo  fugisse do local.

“O cabo Alberto esteve na casa da vítima e o carro foi conduzido por ele, o que o coloca como co-autor da tortura, além dele ter prevaricado por não impedir o crime. Já o sargento Viana estava no local do crime, estava de serviço, e mesmo assim, não fez nada para impedir esse assassinato. Por isso, ele também deve responder por prevaricação”, explicou Jardel Oliveira.

O delegado, que esteve em Boa Vista do Ramos na última terça-feira, iniciou as investigações sobre o caso e afirmou que há muitas testemunhas, tendo em vista que o crime aconteceu durante a tarde, no meio da rua.  

Se entregaram

Conforme Oliveira, ao saber da presença dos civis no município, Raimundo, Geraldo e os dois PMs se apresentaram espontaneamente na delegacia para prestarem esclarecimentos sobre o caso durante a noite de terça-feira, mas como já estavam fora do flagrante, por enquanto, eles poderão responder em liberdade.

Oliveira destacou ainda que está preparando o pedido de prisão preventiva dos quatros homens. No entanto, a decisão judicial só deve ser divulgada na próxima semana, devido ao feriado prolongado.

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