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Cleo sobre política: 'Me posiciono quando acho pertinente'

Atriz fala de políica, vida pessoal e carreira na música e na TV

08/10/2018 às 16h21
Por: Jéssyca Seixas Fonte: O Dia
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Como a Betina está repercutindo nas ruas?

O retorno tem sido incrível. As pessoas amam e odeiam a Betina, o que, por ser antagonista, é o tipo de reação esperada. Ela é uma personagem muito instigante, há toda uma complexidade nela que tem sido interessante de explorar. Estou bem contente com a repercussão que a novela tem!

Você e ela tem algo em comum?

Acho que nesse momento da trama, em que ela está tão obcecada, nós não temos muito em comum. Ela é uma pessoa bem determinada e o fato de ser uma mulher que trabalha desde cedo e gosta do que faz, nisso nos assemelhamos, mas agora ela está com o foco totalmente errado.

Você estranhou o cabelo mais loiro e mais curto depois de tanto tempo morena?

Ah, leva um tempo para se acostumar, porém, eu amo mudar a minha aparência para as personagens, acho que ajuda na construção. O cabelo da Betina nem era para ser tão curto, mas confesso que me empolguei com as possibilidades e quis ousar mais, fazer algo diferente. São oportunidades que tenho para de fato me ver de outra forma, então aproveito. Hoje sinto um pouco de falta do cabelo preto, quando a novela acabar é provável que eu volte à tonalidade escura.

Falando da sua carreira de cantora, você já tem uma gravadora?

Não, o meu trabalho musical é independente.

Você recebe ordens ou a música que você apresenta é visceral?

Não recebo ordens, quem está à frente da minha carreira musical sou eu mesma com a ajuda da minha equipe. Todo o processo de produção musical é bem livre e rola uma troca muito boa com a minha equipe, que está sempre desenvolvendo ideias comigo. Acho que podemos dizer que se trata de um projeto mais visceral, sim, porque produzir música para mim é algo bastante íntimo. Não necessariamente as músicas representam o que vivi ou senti: podem estar relacionadas com situações que presenciei, mas sempre com bastante significado. 

Se você tiver que seguir ordens de uma gravadora que não seja da sua vontade, você aceita?

Difícil dizer neste momento e sem um contexto, sabe? No geral, a música tem que fluir de forma leve, sem amarras. Para mim, pelo menos, a produção musical acontece de forma bem espontânea e livre. Mas sou aberta a debates construtivos, divido muito com a minha equipe, todos são envolvidos no projeto e juntos sempre encontramos um caminho que me deixa feliz.

Aceitaria gravar algo que você não se identifica?

Não. Precisa haver uma identificação, gosto de embarcar em projetos nos quais acredito.

O que é melhor: fazer um hit ou uma música que você goste e tenha mais a ver contigo?

Eu não tenho essa preferência, acho que uma coisa não é melhor que a outra.

Você acha que artista tem que se posicionar politicamente? O que você acha de toda essa polêmica?

Eu não acho que não somos obrigados a nada, vai muito de pessoa para pessoa querer se posicionar. Eu me posiciono quando acho que é pertinente e inevitável, já que, como artista, tenho a possibilidade de usar a minha visibilidade e voz para promover um debate saudável e produtivo, e é isso que importa. Mas vai de cada um, isso não pode ser imposto a ninguém.

Quantas plásticas você já fez? Quais?

Eu só realizei uma plástica, que foi no nariz.

Qual seu limite para tratamentos estéticos?

Eu acho que não faria nada que prejudicasse a minha saúde.

Qual foi a maior loucura que você já fez em relação a tratamento estético?

Eu adoro testar máscaras de rosto diferentes e teve uma vez que fiz uma máscara de batata com iogurte que me disseram que era bom para manchas na pele e fiquei com uma alergia enorme, a pele toda vermelha (risos).

Está ou não rolando algo com o Léo Santana?

Nós somos amigos, como já explicamos antes.

É melhor estar solteira ou namorando?

É melhor estar feliz, seja solteira ou namorando. Há delícias e dores em ambos os momentos, assim como também aprendemos bastante sobre nós mesmas dentro e fora de um relacionamento. O primordial, no entanto, é estar bem consigo mesma. Não faz mal querer estar com alguém, mas também não é um problema desejar o contrário.

A impressão que eu tenho é que você olha ao seu redor e deve pensar: quanta gente com pensamento retrógrado, com a cabeça do século 19. Tô certo ou errado?

Eu acho que há muitas pessoas presas em um condicionamento social quase arcaico, mas tenho visto um levante de pessoas que lutam diariamente contra isso, e não digo apenas mulheres. Mas cada pessoa tem o seu tempo de aprendizado e respeito isso. Aos poucos esse pensamento retrógrado que faz muita gente andar e agir no século passado, vai se desmanchando.

Você se acha à frente do seu tempo?

Não, mas as minhas lutas são pensando no futuro.

Você seria a Leila Diniz do século 21?

Eu acho que hoje todas nós, mulheres, temos um pouco de Leila Diniz. Ela, sim, era à frente de seu tempo. Mas é curioso, e preocupante, ver que mesmo depois de tanto tempo os assuntos que a Leila falava abertamente hoje ainda são considerados tabus. O que eu falo, e outras mulheres também falam, não é diferente do que ela falava e é aí que reside a minha preocupação, pois as pessoas ainda reclamam da questão da liberdade feminina em ser quem quiser e fazer o que quiser.

Outro dia eu conheci e tive um papo com seu pai, Orlando Morais. Lá eu entendi muita coisa sobre você. Ele tem uma cabeça super aberta. Ele disse que gostava de mim porque eu causava atrito. O que Cleo tem de Orlando?

Nossa, eu tenho muito do Orlando em mim, acho que seria difícil nomear só uma característica, mas a mente aberta é uma delas. A minha família sempre respeitou bastante a minha liberdade e independência. Eles incentivaram isso em mim e acredito que isso também contribuiu para que me tornasse a pessoa que sou hoje.

Você e sua mãe são crias da TV Globo. Aceitaria um convite pra ir para a Netflix?

Eu vou aonde é possível fazer a minha arte acontecer. Comecei no cinema e trilhei uma carreira tanto na Globo quanto fora dela também. Mas hoje sou contratada da emissora e estou muito contente com as oportunidades que tenho. Ano passado rodei três filmes incríveis ('Legalidade', do Zeca Brito, o 'Terapia do Medo', do Roberto Moreira, e o 'Todo Amor', Marcos Bernstein) que estão para estrear, com personagens que me desafiaram bastante.

Betina tem muitas tatuagens. São todas suas?

Sim, são todas minhas.

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