Atletismo, natação e futsal. O currículo esportivo é variado e quase tão extenso quanto o sorriso exibido por Raimundo Souza, o “Raimundinho”, durante as competições das Olimpíadas Especiais das Apaes do Amazonas.
O jovem de 18 anos, nascido em Iranduba, tem Síndrome de Down e carrega consigo a força de vontade de um verdadeiro vencedor, mas longe de ser limitada às conquistas esportivas. Na última terça-feira (04), o jovem atleta foi protagonista do ponto alto do lançamento das Olimpíadas. Foi através dele que a pira olímpica foi acesa em um momento carregado de sentimentos e emoção de alguém que conhece como poucos o poder da chama do esporte. “O Raimundinho tem uma história de superação. Ele vem de uma família pobre, carente, lá de Iranduba. Ele já sofreu muita dificuldade pois o pai dele é idoso, a mãe já morreu e ele saiu das drogas através dos Jogos da Apae, onde nós o incentivamos a estudar para ele ser alguém e ter uma vida”, revelou a gestora da Apae Iranduba, Cristiane Ballester.
A condição especial de Raimundinho foi um dos fatores que contribuiu para que o jovem fosse procurado pelo mundo das drogas, mas a história passa longe de ser a única. “É comum. Se você diz que é bonitinho eles fazerem eles vão fazer porque querem agradar. O problema é que eles querem agradar aquela pessoa que diz que ama eles. Eles fazem para que você fique feliz e não fique com raiva deles, por isso eles são vulneráveis”, alertou a presidente da Apae Iranduba, Darlene Soares.
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