“Tudo o que somos é resultado do que pensamos”. A frase de Siddharta Gautama – pai do Budismo – indica que somos moldados por nossos pensamentos e nos tornamos naquilo que pensamos. Tudo a ver com um certo atleta amazonense do tênis de mesa, que, assim como Buda, deixou sua terra natal em busca de conhecimento.
Siddartha Christian Dias Almeida, 19, é uma das maiores revelações do Tênis de Mesa do Brasil e desde o ano passado está morando na Europa onde disputa a Liga Alemã da modalidade. De férias no Amazonas, o mesatenista revelou ao CRAQUE que, ao lado da família, já estudou o Budismo e usa alguns ensinamentos da religião para seu aprimoramento no esporte.
“Algumas vezes, procuro com meu pai e minha família meditar, treinar métodos de respiração e acho que tem um pouco, sim, de budismo na minha preparação”, comentou Siddartha que recebeu o nome do pai, Christian Almeida, antes mesmo de aprofundar o conhecimento na religião
Siddharta foi campeão da terceira divisão alemã assim que chegou na Europa
Diferentemente do Siddartha do Budismo, que sabia exatamente o que almejava ao abdicar do trono indiano para se dedicar a vida espiritual, o Siddartha amazonense nem sempre foi fã do tênis de mesa. “Minha primeira paixão no esporte foi o futebol, como acho que é o natural de todo brasileiro. Demorei bastante pra conhecer o tênis de mesa. Conhecia só como uma brincadeira, o chamado ‘ping-pong’”, recordou.
Mas assim como Buda, o nosso Siddharta parece ser um predestinado. Mesmo iniciando no esporte tardiamente aos 12 anos, “Sid” - como é conhecido entre os amigos - teve evolução espetacular.
“Me mudei pra Santos (São Paulo) quando tinha 13 anos e passei seis anos da minha vida lá. Acho que o principal motivo da minha rápida evolução foi essa mudança”, comentou o mesatenista, que não tem dúvidas ao afirmar que os ensinamentos de Buda o ajudam até hoje.
“Na minha opinião, talvez o tênis de mesa seja o esporte mais completo porque envolve o corpo, na parte física e a mente. Muitas vezes as pessoas pensam que por ser ‘ping-pong’ não cansa tanto, mas essa é uma visão bem errada”, explicou Siddharta completando: “A concentração tem de ser altíssima, é um esporte muito rápido. O tempo de reação, raciocínio e tática tem de ser muito rápidos”, detalhou o mesatenista deixando mensagem filosófica.
“Hoje não tenho religião, mas eu creio num ser superior. Mas respeito todas as religiões e acho que todas têm algo que a gente pode absorver de bom pra nossa vida”, concluiu.
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